Imagem da matéria: Usuários DeFi perderam US$ 10,5 bilhões em fraudes e roubos em 2021
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Hacks, roubos, rugpulls e esquemas de fraude. O que essas invasões às Finanças Descentralizadas (ou DeFi, na sigla em inglês) têm em comum? Alguém que está do outro lado perde dinheiro.

E não é pouco dinheiro. Em 2021, foram US$ 10,5 bilhões, em comparação a US$ 1,5 bilhão em 2020, de acordo com um novo relatório da empresa de gestão de risco Elliptic.

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O termo DeFi se refere a aplicações desenvolvidas em blockchain que permitem que pessoas evitem bancos e outros intermediários financeiros para empréstimos, poupança ou negociação usando contratos autônomos conectados aos protocolos.

O setor possui mais de US$ 250 bilhões de ativos digitais correndo por suas veias, de acordo com dados coletados pelo DeFi Llama. Em junho de 2020, esse número era inferior a US$ 1 bilhão.

O crescente uso de protocolos, bem como o crescente preço das moedas e dos tokens de governança que servem de alicerce criaram um ciclo virtuoso para aqueles que estão profundamente investidos no setor.

No entanto, a crescente popularidade (sem mencionar a expansão da Ethereum para redes como Solana e Binance Smart Chain) também significa que DeFi têm mais fundos a serem roubados, mesmo conforme muitos projetos se esforçam para acompanhar o ritmo do setor em constante evolução.

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DeFis inseguras

Elliptic resume o problema enfrentado por projetos DeFi em seu relatório: “Muitos são startups com cibersegurança relativamente imatura e a natureza irreversível das transações cripto dificulta a recuperação desses fundos. Isso os tornou em alvos tentadores que variam de hackers solitários a Estados-nação”.

Às vezes, erros de cibersegurança não são intencionais, mas são o produto de “atalhos usados por seus criadores para roubar fundos de usuários”.

De acordo com a Elliptic, nos últimos dois anos, US$ 2 bilhões foram roubados diretamente de aplicações descentralizadas (dapps).

Atribui US$ 10 bilhões em perdas ao valor decrescente de tokens como consequência de fraude ou roubo; apesar de ser um número mais difícil de estimar, essas perdas de protocolo atribuem um valor à decrescente confiança do consumidor no produto.

A grande maioria de perdas nos últimos dois anos (US$ 8,6 bilhões, veio da Ethereum, o lar das DeFi. Ethereum originou protocolos de empréstimos, como MakerDAO, corretoras descentralizadas, como Uniswap, e produtos de derivativos, como Synthetix.

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Protocolos do Binance Smart Chain foram responsáveis por US$ 2,5 bilhões em perdas desde 2020.

De acordo com as métricas da Elliptic, usuários devem se preocupar com protocolos de empréstimo, que permitem que pessoas tomem criptomoedas emprestado de pools.

Responsáveis por mais de 1/3 dessas perdas, esses protocolos são tão vulneráveis a invasões de código como a invasões econômicas (por exemplo, empréstimos-relâmpago, quando usuários tomam grandes quantias emprestado, manipulam preços de mercado para criar oportunidades de arbitragem e, em seguida, pagam pelo dinheiro).

Conforme o setor amadurece, invasões podem estar limitadas a protocolos suspeitos e plataformas arriscadas. Por enquanto, a Elliptic quer que usuários fiquem alertas. DeFi, de acordo com a empresa, se tornaram “uma mina de ouro tentadora para hackers”.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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