O aplicativo de delivery de comida Uber Eats desativará seus serviços na Argentina em um prazo de 30 dias, conforme informou o Clarín nesta quinta-feira (22). A Uber já comunicou seus colaboradores no país e também na Colômbia, informando o desligamento, como já havia acontecido em maio deste ano no Uruguai.
Em comunicado à imprensa, a Uber explicou os motivos:
“Decidimos descontinuar o serviço Uber Eats na Argentina e na Colômbia. Isso nos permitirá concentrar recursos e energia em outros mercados ao redor do mundo. Esta decisão se aplica apenas ao serviço Uber Eats e não afeta os negócios de compartilhamento de caronas da Uber. Continuamos totalmente comprometidos com nossos investimentos nos dois países, oferecendo às pessoas uma solução de mobilidade segura, acessível e confiável ”
A Argentina enfrenta uma alta inflação, uma forte desvalorização do peso argentino e está com uma situação epidêmica de covid-19 em rápido crescimento. Contudo, fontes próximas contaram ao Clarín que “a decisão não tem nada a ver com a Argentina ou com o contexto do país”.
A Uber teria tomado a decisão para focar seus negócios onde há menos concorrência e onde o Uber Eats chegou antes da maioria, se estabelecendo como um dos líderes do setor, como acontece no Brasil e no Chile. O aplicativo chegou por último na Argentina em comparação a seus concorrentes locais, o que dificultou sua consolidação no mercado.
Além disso, na Colômbia a força da Rappi no segmento já dominante, o que torna os custos de competição muito mais altos.
A empresa americana disse que foi uma decisão difícil e que busca minimizar o impacto que seu desligamento no país acarretará nos fornecedores, restaurantes e entregadores parceiros ao compensá-los com o que a empresa chamou de um “incentivo econômico”.
O aplicativo de delivery está em funcionamento no país vizinho desde 2018, mas seu desligamento não afetará o serviço base da Uber de viagens e transporte de passageiros.