Closem em mãos de um homem que usa algemas
(Foto: Shutterstock)

A Justiça dos EUA condenou na quinta-feira (18) o p2p canadense Hugo Sergio Mejia, de 50 anos, a 3 anos de prisão por ter lavado pelo menos US$ 13 milhões em bitcoin para traficantes de drogas. Réu confesso, Mejia atuava a partir do Condado de San Bernardino, na Califórnia.

Segundo nota do Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), Mejia usava várias empresas-laranjas para fornecer o serviço de câmbio fiat/cripto tanto para dentro como fora do país, o que vai de encontro às normas da FinCen (Financial Crimes Enforcement Network). A entidade do Tesouro americano controla transações financeiras a fim de combater a lavagem de dinheiro.

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“Ele sabia sobre as leis que regem sobre negócios de câmbio de dinheiro e a desprezou propositalmente. Isso porque ele estruturou seu negócio com a intenção de estabelecer um canal anônimo para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas”, disseram os promotores na sentença, segundo o DoJ.

“Durante o período de quase 2 anos e meio, de acordo com o acordo de confissão, Mejia trocou pelo menos US$ 13 milhões”, diz outro trecho da sentença. 

P2P negociou com agente disfarçado

Quando o processo contra Mejia foi revelado publicamente em fevereiro  deste ano, DoJ descreveu como funcionava seu esquema de lavagem de dinheiro, que era praticamente feito de boca em boca, geralmente através de serviços de mensagens criptografadas. Os encontros físicos ocorriam geralmente em cafeterias.

Mejia já era investigado por cerca de um ano quando em março do ano passado revelou detalhes do esquema a um agente a serviço da FinCen, o que agravou sua situação. Ele se encontrou com o agente federal americano em uma cafeteria em Irvine, também da Califórnia, e negociou 14.273 Bitcoin por US$ 82.150 em dinheiro mais taxas.

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Segundo o DoJ, Mejia também revelou que o seu principal cliente era um comprador de metanfetamina na Austrália que comprava a droga ilícita a cada quatro a seis semanas e a vendia por cinco vezes mais do que o preço médio nos Estados Unidos.

A investigação foi conduzida pela Receita Federal dos EUA (IRS) com apoio do serviço de unidade de crimes cibernéticos e da HSI (Homeland Security Investigation).

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