Imagem da matéria: Tokenização já é realidade e Brasil tem posição estratégica, diz vice-presidente do MB
Das esq. para dir.: Otto Lobo (CVM), Erik Oioli (VBSO Advogados), Vanessa Butalla (MB) e Rodrigo Tellechea (Souto Correa Advogados)

A tokenização não é mais uma promessa futura — é uma realidade presente no mercado financeiro global, ganhando escala e transformando a forma como ativos são negociados. Esse cenário foi detalhado por Vanessa Butalla, Vice-Presidente Jurídico, Compliance e Regulação do MB | Mercado Bitcoin, em participação nesta sexta-feira (30) no 2º Congresso Brasileiro de Direito de Mercados de Capitais. 

Conforme apontou a executiva no painel, que contou com a participação de Otto Lobo, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e dos advogados Erik Oioli e Rodrigo Tellecheaos, dados deixam claro como o crescimento deste segmento tem sido vertiginoso: a emissão de títulos públicos tokenizados nos Estados Unidos dois anos atrás foi US$ 100 milhões; no ano passado, este patamar já saltou para US$ 5 bilhões e as estimativas para 2030 são de US$ 16 trilhões. 

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“Quando nós trazemos isso para a nossa realidade, vemos que hoje o Brasil já é o sexto país do mundo em adoção de cripto. Quando olhamos para a quantidade de brasileiros que já investem em ativos digitais, incluindo tokenização e criptomoedas, são entre 17 e 25 milhões. Isto é mais do que na bolsa de valores”, apontou Butalla.

Outro dado apresentado pela diretora do MB é que apenas 0,5% do crédito brasileiro de R$ 3,6 trilhões está tokenizado. “Então, o potencial é bastante relevante e vamos discutir ainda mais a tokenização nos próximos anos”, disse. 

Tokenização como alternativa ao IPO

Um dos pontos abordados por Butalla é que a tokenização irá cada vez mais atuar com força para empresas se capitalizarem em uma alternativa a modos mais tradicionais. 

“Nos últimos quatro anos, por exemplo, não vimos nenhum IPO relevante. Como essas empresas fazem, então, para captar recursos e continuar seu crescimento? Tokenização é uma das principais veias para isso acontecer e é uma tendência natural do Brasil”, afirmou. 

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Essa captação de recursos via tokenização faria ainda mais sentido, aponta a executiva, quando se analisa o contexto de infraestrutura necessária. “Algumas figuras do mercado tradicional teriam um papel redundante: executar função de custódia, de depósito, de verificação das condições para fazer liquidação. Tudo isso acontece de forma automática na blockchain.”

Segundo Butalla, é um momento de repensar o papel dos agentes do mercado, pois um ponto está claro: “É possível com menos participantes e menor custo, entregar mais qualidade, mais valor para o investidor final.” 

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