S&P rebaixa nota de banco brasileiro de investimento e muda perspectiva para negativa
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A agência de classificação de risco Standards & Poor’s (S&P) rebaixou a nota atribuída ao Banco Fator, focado em gestão de investimentos, de “brBB”, passou para “brBBB”. Ao mesmo tempo, alterou de “estável” para “negativa” a perspectiva sobre a instituição para os próximos meses.

De acordo com relatório publicado pela S&P nesta quinta-feira (2), o rebaixamento da nota e a piora na perspectiva sobre o banco tem dois motivos. Além do cenário econômico adverso devido à pandemia de coronavírus, a agência identificou uma capitalização mais fraca por parte da instituição financeira.

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“Em meio às condições econômicas mais desafiadoras impostas pela disseminação do Covid-19 no Brasil, acreditamos que o Banco Fator enfrentará maiores dificuldades para reverter prejuízos e entrar em novas linhas de negócios”.

O relatório da S&P, por outro lado, pondera que o banco dispõe de liquidez suficiente para cobrir suas obrigações de curto prazo. Também aponta que o Fator possui um perfil escalonado de vencimento de seus passivos, promovendo certa flexibilidade para os próximos 12 meses. A escala da S&P vai de AAA (bom pagador) a D (risco de calote).

Mesmo assim, a agência alterou a perspectiva de rating do banco de estável para negativa — o que significa que não há expectativa para os próximos meses de que o banco consiga novas linhas

“Em nossa visão, sua pequena escala, foco em receitas sensíveis ao mercado de capitais, concentração da carteira de crédito e exposição ao setor de seguros de garantias aumentam sua vulnerabilidade em um cenário adverso”.

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Resultados

O Banco Fator vem mesclando resultados anuais positivos e negativos. Em 2016 e 2018, as operações registraram lucro de R$ 1,2 milhão e R$ 2,4 milhões, respectivamente. Por outro lado, em 2017 e 2019 (dados provisórios), as perdas foram de R$ 36,7 milhões e R$ 15,5 milhões.

Em relação ao Índice de Basileia, que mede a liquidez dos bancos, o Fator está em 18,9% — o mínimo exigido pelo Banco Central brasileiro é de 11%.


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