2022 foi um ano turbulento para os investidores de criptomoedas. Além do cenário econômico mundial recessivo, grandes projetos como o da blockchain Terra (e sua criptomoeda Luna) e a insolvência da FTX abalaram o mercado, que viu sua principal moeda, o Bitcoin, encerrar o ano a US$ 16,5 mil – queda de 65% em relação ao pico registrado em março daquele ano, de US$ 47,4 mil.
Para os especialistas da Bybit, os primeiros meses de 2023 continuarão desafiadores enquanto os juros das principais economias mundiais se mantêm em níveis elevados e a maioria dos investidores alocados em ativos de menor risco.
“Portanto, começamos 2023 com lições a serem aprendidas. Nosso ecossistema ainda é muito novo, e novas tecnologias ainda precisam de grandes testes para crescerem com segurança e integridade”, avalia Patrick Silveira, gerente de estratégia e operações da Bybit no Brasil.
Para investidores, a prioridade deste início de ano é aprender com os desastres do ano passado e proteger fundos de novos eventos negativos causados por fatores humanos.
“Empresas como a 3AC, FTX e Alameda tiveram gestão irresponsável dos fundos dos clientes. Mas alguns fatores de segurança podem minimizar ou até mitigar em sua maioria os riscos de perda dos ativos. Este é o momento para quem tem exposição em criptoativos focar em segurança”, explica Patrick.
Aqui estão sete dicas de segurança para investidores de criptomoedas apontadas pela Bybit:
Negocie com segurança
O mundo dos criptoativos continua saturado e infelizmente os riscos podem variar. Para minimizar as chances de se investir em um projeto sem fundamento ou até mesmo em um projeto de má-fé, é importante estar atento a alguns sinais.
Entender seu objetivo, onde ele está listado, procurar meios de interação com a comunidade e seus canais de comunicação são algumas dicas. Fugir de promessas de alto rendimento em curto espaço de tempo também é fundamental.
Proteja sua conta
O investidor de criptomoedas pode aumentar a proteção de sua conta em corretoras de criptomoedas com duas etapas fáceis. Primeiro, criando uma senha forte. Em seguida, ativando a autenticação de dois fatores e vinculando-o a um autenticador confiável, o investidor garante segurança máxima para a conta e ativos.
Confira a prova de Reservas (PoR)
À luz da má gestão dos ativos dos clientes pela FTX, fica claro que a transparência é imperativa para regular a saúde da indústria. Uma das melhores maneira para as exchanges de criptomoedas provarem que são custodiantes merecidos é apresentando um certificado Merkle tree proof of reserves (PoR).
Avalie qual a melhor carteira para seu perfil
Carteiras de custódia são carteiras usadas por exchanges de criptomoedas e plataformas DeFi. Ao colocar criptomoedas em uma dessas carteiras, o investidor está confiando seus fundos a um custodiante terceirizado. Portanto, escolher uma carteira/custodiante confiável é crucial.
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Já as carteiras sem custódia são totalmente gerenciadas pelo investidor. Esse recurso requer um certo nível de entendimento de criptografia para ser usado, já que o próprio investidor monitorará suas chaves e ativos por conta própria.
Pense em investir em uma carteira fria (Cold Wallet)
Hot wallets são carteiras online que podem ser de custódia ou não. Ao usar carteiras quentes, os usuários podem estar sujeitos a hacks.
Ao contrário das carteiras quentes, as carteiras frias não estão conectadas à Internet e são indicadas principalmente aos investidores de longo prazo, que não fazem movimentações constantes nos seus fundos.
Esse tipo de carteira está menos sujeita a malwares ou ataques de hackers, o que a torna mais segura para armazenar ativos digitais que não estão sendo usados para negociação.
Faça o backup de chaves privadas
Ao usar uma carteira ativa sem custódia, o investidor precisa fazer backup de sua chave privada para garantir que sua criptografia permaneça segura.
Existem quatro etapas básicas para fazer isso: 1) usar uma frase inicial; 2) fazer backup de seu arquivo de carteira; 3) exportar suas chaves privadas; 4) fazer um backup físico em papel ou pen drive e guardá-las em segurança.
Tome cuidado com golpes de criptografia P2P
Ao negociar criptomoedas em exchanges que oferecem serviços de negociação ponto a ponto (P2P), golpes podem ocorrer se o vendedor tentar burlar o sistema de custódia da corretora, fazendo uma transação externa com o comprador.
Depois que o vendedor recebe o pagamento do comprador, o golpista finge que a transação não foi realizada e se recusa a cumprir sua parte no trato.
Para se proteger de golpes P2P, é importante que o investidor concentre todas as negociações em uma exchange de confiança.
“No espaço descentralizado, propriedade absoluta vem com responsabilidade absoluta. Apesar de existirem diversas exchanges seguras para negociar, a maior atitude de segurança deve partir do investidor. Estudar os ativos, escolher a carteira certa para armazenar seus fundos, fazer backup de suas chaves privadas e manter-se informado sobre golpes e fraudes são as principais lições de casa. Essas medidas reduzirão ao mínimo os danos às carteiras, mesmo nos eventos mais catastróficos”, aponta Patrick Silveira, gerente de estratégia e operações da Bybit no Brasil.
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