O Serviço Secreto dos EUA anunciou o lançamento de um núcleo de conscientização sobre criptomoedas, uma plataforma educacional online desenvolvida para auxiliar a agência em suas iniciativas de combater o uso ilícito de ativos virtuais.
Em um anúncio, o Serviço Secreto afirmou que a nova iniciativa busca “fornecer informações para a conscientização pública sobre a segurança de criptoativos” e que a agência pretende “continuar expandindo suas capacidades, colaboração e efetividade em relação a todas as investigações de crimes financeiros”.
A agência reforçou que “investimentos e transações usando criptomoedas e ativos digitais não são inerentemente criminosos” enquanto reconhece que fornecem “novas oportunidades para aqueles que desejam cometer fraude ou encobrem outras atividades ilegais”.
No anúncio, o Serviço Secreto também notou que “criptomoedas continuam se tornando formas mais populares de pagamento” e, por esse motivo, a agência “também deve permanecer à frente tanto da educação ao público como do combate à fraude financeira”.
“Nossa obrigação de combater crimes contra os sistemas financeiros da nação inclui tanto informar o público sobre como ativos digitais funcionam e firmar parceria com eles para identificar, prender e julgar praticantes de crimes envolvendo ativos digitais”, afirmou Jeremy Sheridan, diretor assistente do Gabinete de Investigações do Serviço Secreto dos EUA.
Neste momento, a plataforma educacional recém-lançada é composta de uma dezena de definições relacionadas a cripto: o que são o bitcoin (BTC) e sua tecnologia blockchain e como a principal criptomoeda do mercado se difere de altcoins ou stablecoins.
Também fornece links a notícias e anúncios antigos da agência relacionados a ativos digitais.
Leia Também
Cripto é apenas uma ferramenta
Essa não é a primeira vez que o Serviço Secreto dos EUA aborda o uso de criptomoedas em fins ilícitos.
Em julho de 2020, quando a agência criou sua Força-Tarefa de Fraudes Cibernéticas, Jonah Force Hill, consultor de políticas cibernéticas da agência, opinou que a crescente tendência dos cibercrimes “não é um problema específico das criptomoedas”.
“A forma como o crime foi cometido, seja via cripto ou não, ou qual forma de dinheiro foi roubada, geralmente é irrelevante no processo e, assim, não se qualifica para fins estatísticos”, explicou Hill na época.
Em seguida, a agência incluiu diversos criminosos com supostas ligações a criptomoedas à sua lista de “Fugitivos Mais Procurados” de 2021.
Em janeiro, a empresa de análise em blockchain Chainalysis afirmou que, embora crimes envolvendo criptomoedas tenham atingido uma alta de US$ 14 bilhões em 2021, essa atividade representou apenas 0,15% do total de US$ 15,8 trilhões de todo o volume de transações com criptomoedas registrado ao longo do ano (a menor porcentagem até hoje).
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.