Imagem da matéria: Serviço de pagamento por celular da Block tem receita de quase US$ 2 bilhões com bitcoin no quarto trimestre
Foto: Shutterstock

Cash App – o popular serviço de pagamentos para celular, desenvolvido pela Block (anteriormente conhecida como Square) – se tornou um veículo bastante usado para a aquisição de bitcoin (BTC).

Segundo um relatório financeiro divulgado na quinta-feira (24), a empresa acumulou US$ 1,96 milhão em receita por bitcoins vendidos durante o quarto trimestre de 2021.

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Esse número está incluso na página dez do relatório financeiro, que afirma que a Block gerou uma receita líquida de US$ 4,08 bilhões ao longo do quarto trimestre.

A empresa afirma que teve US$ 2,12 bilhões em receita “fora o bitcoin”, ou seja, quase metade dos fluxos de entrada da empresa foram graças ao serviço de aquisição de bitcoin do Cash App. É um aumento anual de 12% na receita com bitcoin.qa

Dito isso, apenas 2% dessas receitas foram traduzidas em lucros para a Block. A porcentagem é quase igual à taxa de transação que a Block cobra pela aquisição média de bitcoins, que resultou em um lucro de US$ 46 milhões para empresa.

Ao longo de 2021, Cash App registrou uma receita um pouco acima de US$ 10 bilhões e um lucro bruto de US$ 218 milhões pela venda de bitcoins – uma alta de 119% e 124%, respectivamente, em relação a 2020.

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A empresa cita a valorização de preço do bitcoin como o principal direcionador, junto com o crescimento de usuários ativos.

No entanto, 2022 está contando uma história diferente até agora, pois o preço do bitcoin está abaixo de US$ 40 mil e endereços ativos também estão em queda.

O fraco desempenho do ativo desde que atingiu US$ 69 mil em novembro também é algo ruim para o balanço da Block.

Após adquirir US$ 50 milhões de bitcoin no quarto trimestre de 2020 e mais US$ 170 milhões no primeiro trimestre de 2021, a empresa foi forçada a divulgar uma perda por imparidade de US$ 71 milhões para o ano.

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Cash App começou a permitir que usuários comprassem e vendessem bitcoin com seus saldos em 2017. No entanto, a empresa se recusa a permitir que haja acesso a outras criptomoedas, como ether (ETH) e dogecoin (DOGE) desde então.

Isso é provavelmente devido à firme rejeição de Jack Dorsey, CEO da Block, a outras criptomoedas, favorecendo apenas o bitcoin.

Dorsey criticou publicamente o Ethereum e, de forma mais ampla, a Web 3 (o conceito de uma internet mais descentralizada desenvolvida com tecnologias blockchain) como um projeto centralizado e controlado por capitalistas de risco.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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