Imagem da matéria: Sem sucesso entre bancos, Ripple agora quer ser a Amazon dos pagamentos
Foto: Shutterstock

Em dois anos a Ripple vai estar num patamar semelhante ao que esteve a Amazon quando ainda liderava o comércio eletrônico de livros e dali disparou. Pelo menos é o que disse o CEO da Ripple Labs, Brad Garlinghouse, conforme reportagem do Financial Times.

Detentora da criptomoeda XRP, a empresa agora vai em busca de casos de uso para seu blockchain. Segundo o diretor, a nova estratégia da Ripple é transformar sua rede de blockchain mais ampla para se tornar uma ‘Amazon do setor’, mais precisamente uma gigante dos meios de pagamentos.

Publicidade

Isso porque o projeto inicial, de transformar a Ripple numa referência global em pagamentos transfronteiriços, esteve andando a passos curtos. Um dos motivos, segundo Garlinghouse, foi a falta de regulação do mercado de criptomoedas e uma definição sobre o token XRP pela SEC, a CVM dos Estados Unidos, se é ou não um valor mobiliário.

O impasse com a SEC inclusive surgiu depois das vendas do token XRP, o que acabou em processo que tramita na Justiça americana. Hoje o valor total de mercado da moeda é avaliado em quase US$ 13 bilhões, segundo o CoinMarketCap.

Ripple e Santander

Outro ponto é que a Ripple perdeu relevância para um grande parceiro, o banco Santander. Depois de investir na startup em 2015 o grupo vinha participando de testes na rede RippleNet.

O problema é que recentemente o banco Santander precisava de um serviço já pronto para a experiência do usuário (UX) e a Ripple ainda não estava preparada. 

Publicidade

Ou seja, para o diretor, a Ripple ainda estaria engatinhando, sem mercados o suficiente para suprir as necessidades do Santander. Menager é CEO da subsidiária do banco espanhol, Pago FX, um aplicativo móvel com tecnologia RippleNet. 

Fora isso, escreveu o jornal, existe uma onda grande de experimentação em aplicações financeiras descentralizadas, chamadas DeFi, que escolheram a rede Ethereum.

Soluções para a rede

Segundo o artigo, o desenvolvedor Ethan Beard já deu a dica de que o negócio agora não é investir pesado em projetos iniciais, mas de achar  parceiros prontos.

“A Ripple agora vai assinar códigos em vez de cheques”, disse, segundo o FT.

Quando a Ripple deu início ao seu plano, tinha como intenção acelerar projetos para acelerar a aceitação global tanto de sua rede como de seu token.

Publicidade

A expansão na Europa custou movimentos acima de US$ 500 milhões por meio do seu fundo de desenvolvimento Xpring.

O objetivo também era investir e estimular o uso da rede realizando investimentos em projetos condizentes com seu road map.

No entanto, as soluções que surgiram com a ajuda da startup pode, indiretamente, beneficiar a Ripple no longo prazo, diz o jornal.

VOCÊ PODE GOSTAR
Fachada de um prédio da BlackRock na Califórnia, EUA

O Impacto da BlackRock no mercado de tokenização de ativos do mundo real | Opinião

O autor comenta sobre o novo fundo da maior gestora de ativos do mundo e os próximos passos da economia tokenizada
ilustração de centro de cidade

Tokens de pagamentos: a peça central que faltava no mercado imobiliário | Opinião

Para o autor, os tokens de pagamento emergem como verdadeiros catalisadores de uma revolução no acesso e na fluidez dos investimentos imobiliários
graficos vermelhos em queda

Investidores sacam R$ 1 bilhão de projeto DeFi da Solana após renúncia de CEO

O fundador da Marginfi anunciou sua renúncia em meio a um turbilhão de controvérsia e desentendimento operacional
Tela de celular do Telegram

Tether (USDT) chega à rede TON e wallet do Telegram

Parceria entre Tether e Telegram visa expandir a atratividade da TON para um público mais amplo de usuários que não entendem de criptomoedas