O Bitcoin está sofrendo uma pressão que vem do fato de os detentores de longo prazo estarem vendendo em alta velocidade em comparação com padrões históricos. Um levantamento da K33 Research divulgado em reportagem da Bloomberg mostra que a quantidade de BTC que permaneceu sem movimentação por pelo menos dois anos caiu em 1,6 milhão de moedas desde o início de 2023, o equivalente a cerca de US$ 140 bilhões.
Essa queda do nível de moedas intocadas significa na prática que estão ocorrendo vendas contínuas por parte de detentores de longo prazo. Neste ano, quase US$ 300 bilhões (R$ 1,6 trilhão) em Bitcoin estavam inativos há mais de um ano voltaram a circular.
Outro dado que corrobora esta tese veio de firma de análises CryptoQuant, que apontou que nos últimos 30 dias foi registrada uma das distribuições mais intensas por detentores de longo prazo em mais de cinco anos.
Um ponto importante neste cenário é que por muito tempo esses Bitcoins que chegavam ao mercado eram absorvidos pelos ETFs. Porém, essa demanda diminuiu e agora a quantidade de BTC disponível começa a colocar uma pressão mais forte no mercado e no preço do ativo.
“O mercado está passando por uma sangria lenta, caracterizada por vendas constantes no mercado à vista em meio a uma liquidez de compra reduzida, criando uma queda gradual que é mais difícil de reverter do que eventos de capitulação impulsionados por alavancagem”, disse Chris Newhouse, diretor de pesquisa da Ergonia, empresa especializada em finanças descentralizadas, em entrevista à Bloomberg.
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