A Forbes destacou na segunda-feira (11) cinco personalidades que ficaram bilionárias com bitcoin e criptomoedas. A eles, a revista atribuiu os termos “investidores inteligentes”, por conseguirem manter suas criptomoedas mesmo com tantos altos e baixos na criptoeconomia.
Com exceção ao cofundador do Ethereum, o canadense Vitalik Buterin, a revista considerou o status de bilionário das criptomoedas os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss, donos da Gemini; o CEO da MicroStrategy, Michael Saylor; e o presidente da Bloq, Matthew Roszak.
“Embora o S&P 500 tenha dado um salto agora em janeiro, ninguém está sorrindo mais do que os detentores de bitcoin”, escreveu a publicação, ressaltando o pico recente do bitcoin em 400%, quando rompeu os US$ 40 mil por unidade.
Cameron e Tyler Winklevoss
A Forbes estima que a fortuna dos gêmeos beira a casa dos US$ 3 bilhões — US$ 1,4 bilhão cada. “Estão crescendo novamente”, disse a revista sobre os novos bilionários, ressaltando que estes em destaque são apenas alguns dos investidores em criptomoedas que ficaram muito ricos.
Aos irmãos Winklevoss, a Forbes considerou suas fortunas não só por conta do hold em bitcoin, mas também pelo faturamento diário da Gemini, que é de US$ 300 milhões em negociações.
Matthew Roszak
A escalada de Matthew Roszak de US$ 300 milhões para US$ 1,2 bilhão em patrimônio líquido em criptomoedas, deu-se através da Bloq, uma empresa que presta consultoria e que fornece várias soluções de processamento de pagamentos para stablecoins e ajuda bancos a armazenar seus ativos com segurança.
Tim Draper
Veterano do bitcoin, o investidor e empresário americano Tim Draper se deu muito bem ao comprar em um leilão em 2014 cerca de 30 mil unidades da criptomoeda ao custo de US$ 650 cada. Elas haviam sido confiscadas da plataforma Silk Road pela Justiça dos EUA.
De acordo com a revista, Draper se recusa a falar sobre o seu portfólio de criptomoedas. Mas se ele manteve o portfólio intocável, hoje o californiano tem cerca de US$ 1,1 bilhão.
Michael Saylor
Para destacar a fortuna de Michael Saylor, a Forbes dissertou sobre sua grande tacada com a MicroStrategy, empresa de análise de negócios.
Com o novo cenário do bitcoin, a empresa ‘apostou’ mais de $ 1,1 bilhão em criptomoedas a um preço médio de cerca de US$ 15.964; Hoje, disse a revista, essas moedas valem US$ 2,4 bilhões, e a participação de Saylor pode ser cerca de US$ 1,2 bilhão.
Mike Novogratz
“Titã de fundos de hedge do Goldman Sachs e do Fortress Group renasceu como um ‘criptoguru’”, descreveu a Forbes a situação atual de Mike Novogratz, fundador e CEO da Galaxy Investment Partners. Em 2013, ele supostamente fez um investimento pessoal de US$ 7 milhões em bitcoin, diz a publicação. Mais tarde, completou, usou esses ativos como capital inicial da empresa.
Com base nas divulgações de setembro de 2020, a Forbes estima que os ativos em criptomoedas da Galaxy valem cerca de US$ 621 milhões. “Um salto de 300% em quatro meses”, diz a publicação, ressaltando que o empresário detém 77% da empresa. Esses valores somam US$ 478 milhões, mas não inclui o quanto em criptomoeda pode possuir.
Vitalik Buterin
Por fim, o criador da segunda maior criptomoeda do mundo, a Ether, de Vitalik Buterin, cujo valor de mercado ultrapassa os US$ 123 bilhões, pode não estar bilionário, mas certamente tranquilo com seus 333.000 ethers. No mercado atual, o montante vale aproximadamente US$ 360 milhões. Há um ano, disse a Forbes, valia ‘apenas’ US$ 45 milhões.
Uma curiosidade. No final de 2015, Buterin vendeu 500 mil ethers para Novogratz numa transação P2P a uma bagatela de apenas US$ 0,99 cada.
Mercado de “trilhões”, diz Forbes
Segundo a publicação, na última década, os verdadeiros crentes na revolução das criptomoedas transformaram o que antes era considerado bizarro no mercado financeiro em uma classe de ativos de trilhões de dólares. O mercado, contudo, alcançou até agora apenas a casa de 1 trilhão, logo no início do ano.
Para a Forbes, um dos fatores-chave para o frenesi do mercado de criptomoedas foram as ações do governo dos EUA. “Conforme avançava o Covid e o Fed imprimia trilhões de dólares para estimular a economia e evitar uma recessão, os investidores cada vez mais viam o bitcoin como uma proteção contra a inflação”, disse a revista.
E destacou que o hype da vez deu-se por conta da entrada na criptoeconomia tanto de investidores institucionais quanto individuais, ao contrário do que foi em 2017/2018, quando o setor foi alavancado pelo investidor de varejo. Como exemplo, a Forbes citou, respectivamente, a Square e Paul Tudor Jones.