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Polícia apreende R$ 500 mil em dinheiro e criptomoedas de quadrilha do “golpe do falso advogado”; veja vídeo

Grupo usava dados de processos judiciais reais para enganar vítimas; moradora do DF de 65 anos perdeu mais de R$ 500 mil, segundo a PCDF

Policial algemando suspeito durante a noite
Shutterstock

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta sexta-feira (15) a Operação Quimera, que resultou no bloqueio judicial de mais de R$ 507 mil em contas bancárias, ativos financeiros e criptomoedas, além de prisões e apreensões para desarticular uma quadrilha especializada no chamado “golpe do falso advogado”. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.

Um dos casos que motivou a ação envolveu uma moradora do Distrito Federal, de 65 anos, que perdeu mais de R$ 500 mil para o esquema. A ofensiva policial cumpriu oito mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão. As diligências ocorreram nos municípios de São Paulo, São Sebastião e Mongaguá, com apoio da Polícia Civil de São Paulo e da Divisão de Operações Especiais da PCDF.

De acordo com as investigações, o grupo obtinha credenciais de advogados de forma ilícita, frequentemente por meio de vazamentos de dados, e as usava para acessar processos judiciais reais. Assim, reunia informações detalhadas — como números de autos, nomes das partes e valores a receber, especialmente precatórios — para abordar as vítimas se passando por advogados ou representantes de escritórios legítimos.

Os criminosos utilizavam logotipos, imagens e até perfis verdadeiros para reforçar a credibilidade, solicitando pagamentos de taxas ou impostos fictícios sob o pretexto de liberar valores de processos. A riqueza de detalhes e a sofisticação do golpe, comenta a publicação, levavam muitas pessoas a acreditar na fraude.

A apuração avançou com base na análise de rastros digitais, movimentações financeiras e uso de tecnologia forense. Durante a operação, foram apreendidos veículos, dinheiro em espécie, celulares e equipamentos eletrônicos. Os suspeitos podem responder por estelionato qualificado por meio eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro — crimes que, juntos, podem render até 23 anos de prisão.

Ao Metrópoles, a Polícia Civil alertou que golpes semelhantes têm se multiplicado no país e recomenda que qualquer solicitação financeira, mesmo relacionada a processos judiciais, seja confirmada diretamente com o advogado ou escritório responsável, usando canais oficiais.

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