Plataforma de criptomoedas Hodlnaut interrompe saques e depósitos

Companhia de empréstimos de criptomoedas é a mais nova integrante da longa lista de empresas do setor em dificuldades financeiras
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Foto: Shutterstock

Mais uma plataforma de empréstimos de criptomoedas está passando por momentos críticos. A Hodlnaut publicou um informe nesta segunda-feira (8) revelando que interrompeu saques, depósitos e transações de tokens.

A empresa, que tem sede em Singapura, afirma que chegou a esse ponto por conta das “recentes condições” do mercado.

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“Nós gostaríamos de assegurar que essa difícil decisão foi tomada po nós para focarmos em estabilizar a nossa liquidez e preservar ativos, enquanto trabalhamos para encontrar o melhor jeito de proteger os interesses de longo prazo dos nossos clientes”, afirma o comunicado.

Além disso, a Hodlnaut informa que pediu ao governo de Singapura que retire a licença de pagamentos de tokens digitais (Digital Payment Token, em inglês), que é um serviço regulado no país asiático. “Para evitar qualquer dúvida, a Hodlnaut irá encerrar todos os serviços de empréstimo “, diz a companhia.

Por fim a empresa afirma que irá continuar pagando juros aos clientes “até segunda ordem”. Isso seria feito para que a Hodlnaut comnsiga “balancear a necessidade de ser justa com os clientes e minimizar seus passivos”.

Série de quebras no mundo cripto

No dia 2 de julho a plataforma de negociação de criptomoedas Voyager Digital anunciou que interrompeu temporariamente todos os saques, depósitos e negociações devido às “condições atuais do mercado”, segundo o CEO da Voyager, Stephen Ehrlich.

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A Voyager Digital disse que emprestou à Three Arrows Capital 15.250 Bitcoin e US$ 350 milhões em stablecoins USDC. O anúncio da Voyager seguiu um movimento em 22 de junho para reduzir o limite diário de retirada da plataforma em mais de 50%, passando de US$ 25.000 por dia para US$ 10.000 para cada cliente. O preço das ações da empresa caiu quase 87%.

Celsius

A empresa de empréstimos de criptomoedas Celsius ficou insolvente após o colapso do ecossistema da Terraform Labs e queda do mercado. Em maio a companhia passou a travar saques e depósitos.

Na semana passada, quando completou uma semana de saques bloqueados, a Celsius publicou uma nota em seu blog pedindo paciência para os clientes. “Esse processo levará tempo”, afirmou a empresa, que garantiu que seu objetivo continua sendo “estabilizar a liquidez e operações”.

A Celsius alegou que estava “um diálogo aberto com reguladores e autoridades” e que visa “encontrar uma solução” para o atual problema que enfrenta.

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Babel Finance

Também uma empresa de empréstimos de criptomoedas, a Babel Finance decidiu bloquear os saques de todos os clientes da plataforma.

Em uma curta publicação feita no dia 17 de junho, a empresa baseada em Hong Kong justificou que o bloqueio temporário das contas foi necessário devido à atual situação de queda dos principais criptoativos do mercado que a fez enfrentar “pressões de liquidez incomuns”.

BlockFi

No dia 1º de julho, a credora de criptomoedas BlockFi anunciou ter chegado a um acordo com FTX US, uma divisão americana da corretora cripto liderada pelo bilionário Sam Bankman-Fried, por uma linha de crédito rotativo e uma possível aquisição.

O acordo representa um valor total de US$ 680 milhões, tuitou o CEO da BlockFi, Zac Prince. “Uma opção de adquirir a BlockFi a um preço variável de até US$ 240 milhões com base em ativadores de desempenho” está em discussão, disse ele.

3AC

A quebradeira começou quando a empresa de investimento em criptomoedas Three Arrows Capital, também conhecida como 3AC, teve que fechar as portas.

A empresa perdeu cerca de US$ 200 milhões quando a stablecoin algorítmica UST desestabilizou e caiu de valor em maio.

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No dia 2 de julho a 3AC entrou com pedido de falência do capítulo 15 na sexta-feira, informou a Bloomberg. A notícia levou um fim melancólico para a proeminente empresa de uma década que administrou até US$ 10 bilhões em ativos em março, de acordo com a plataforma de análise de blockchain Nansen