Patrimônio líquido dos fundos brasileiros expostos a criptomoedas ultrapassa R$ 2 bilhões

Montante é 2.000% superior ao registrado no mesmo período de 2020
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Com a disparada no preço do bitcoin e das altcoins, o Patrimônio Líquido (PL) dos 15 fundos brasileiros com exposição a criptomoedas ultrapassou a marca dos R$ 2 bilhões nesta semana, segundo a plataforma Mais Retorno. O PL é a soma do valor de todos os títulos, menos as obrigações.

Em feverero de 2020, esses produtos financeiros tinham apenas R$ 104 milhões sob gestão. Em 12 meses, portanto, o montante cresceu quase 2.000%. Cabe lembrar que cinco fundos foram criados somente no segundo semestre do ano passado.

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Para Alexandre Vasarhelyi, sócio da gestora BLP Asset, o aumento do patrimônio líquido se deve ao cenário positivo do setor. “No ano passado, a rentabilidade dos fundos foi espetacular e isso é um chamativo para novos investidores”, disse à reportagem do Portal do Bitcoin.

Nos últimos 12 meses, a rentabilidade média desses produtos financeiros foi de 205%, segundo a plataforma Mais Retorno. O mais rentável no período foi o VTR QR CRIPTO FIM IE, com 406%.

Essa aplicação, administrada pelas gestoras QR Capital e Vitreo, é destinada apenas para investidores qualificados — aqueles que têm investimentos financeiros em valor superior a R$ 1 milhão.

No país, fundos com exposição a bitcoin e altcoins precisam de autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além da BLP Asset, da QR Capital e da Vitreo, a Hashdex também tem fundos aprovados pelo regulador.

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Para Vasarhelyi, as gestoras brasileiras estão colocando os fundos de criptoativos no cenário nacional. “Projetamos o Brasil como um dos países mais crypto-friendly do mundo. Estamos otimistas em relação a 2021”, disse.

Assim como no Brasil, o cenário também é positivo para fundos de investimentos em criptoativos do exterior. No final de janeiro, segundo a Coinshares, a entrada de dinheiro em nessas aplicações bateu recorde e alcançou US$ 1,3 bilhão em apenas uma semana.

A Grayscale, de acordo com a empresa, é a líder em produtos de investimento em criptomoedas e tem mais de US$ 27 bilhões em ativos sob gestão.

Ainda segundo a Coinshares, o ingresso de novos cotistas nos fundos se deve ao bom desempenho do bitcoin. Nesta quarta-feira (17), o BTC é cotado a US$ 50 mil. Já no Brasil, conforme dados do Índice de Preço do Bitcoin, a criptomoeda é negociada acima dos R$ 280 mil.