O analista de criptomoedas e experiente trader, Marcel Pechman, publicou no sábado (04) em seu canal no Youtube, RadarBTC Bitcoin & Criptomoedas, uma análise da queda recente do bitcoin. A maior criptomoeda do mercado começou a perder preço na sexta (03), queda se assentou na madrugada seguinte, perdendo o suporte dos US$ 50 mil após desvalorização que ultrapassou os 15%.
Segundo o analista, desta vez ocorreu uma queda específica do bitcoin que só pode ser explicada depois de algumas observações sobre a última alta histórica que ocorreu em 10 novembro deste ano, quando o BTC rondou a casa dos US$ 69 mil.
Preço histórico do bitcoin
Naquela ocasião, disse Pechman, o bitcoin já vinha forte, motivado pelo lançamento de um ETF de Bitcoin, pela projeção da inflação americana e pela eminente continuidade dos pacotes de estímulos à população evidenciada pelo então presidente eleito dos EUA, Joe Biden.
“Naquele momento todo mundo estava achando que o bitcoin iria subir sem parar”, ressaltou.
No entanto, o BTC parou de subir quando a SEC rejeitou o pedido de registro de ETF de Bitcoin “físico” da gestora de investimentos americana VanEck. Foi então que a tendência de queda começou, disse Pechman, citando a data de 12 de novembro.
A situação desfavorável acentuou ainda mais quando os reguladores e congressistas começaram a pautar assuntos relacionados à regulação das criptomoedas e empresas do setor, basicamente com o intuito de limitar a emissão de stablecoins. O Congresso americano agendou então uma audiência com empresas do setor após notificações com pedido de informações sobre as stabelcons.
“Então você tem uma incerteza regulatória, um medo, porque as stablecoins são importantes para o cara que faz arbitragem, enfim, você consegue enviar dinheiro de uma corretora para outra de uma forma muito mais rápida sem ter que passar pelos bancos”, disse Pechaman acrescentando:
“Essa incerteza regulatória está derrubando o mercado. Não teve notícia para a queda específica de hoje (04/12)”, ressaltou o analista.
Operações alavancadas
Notícia que derrubasse o mercado não teve, segundo Pechman, que citou as operações alavancadas como um dos motivos da queda. Na alavancagem, conforme resumiu, “você deposita US$ 10 mil e pode comprar US$ 100 mil em bitcoin ou outra criptomoeda — se subir 5% você ganha 10x, mas se cair 8%, 9% você perde tudo, você é liquidado”, exemplificou.
Dito isso, o analista disse que o acontece com essas quedas normais de 10%, 12%, considerando o bitcoin um ativo volátil, é que isso acaba acelerando o movimento por conta dessas liquidações.
Previsão de alta do bitcoin
Pechman concluiu que não dá para precisar quando o bitcoin vai se recuperar e que não vê a tendência de alta de médio-longo prazo rompida porque o bitcoin é um ativo escasso. “Nada disso mudou”, disse ele, ressaltando que pode levar meses para o ativo se recuperar.
Contudo, finalizou, saindo um pouco mais de detalhes sobre regulação nos EUA “a gente volta a caminhar”.
Veja a análise abaixo: