Os 10 conselhos sobre criptomoedas dado para os clientes do maior banco suíço do mundo

UBS produziu um relatório analisando o mercado de criptoativos
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Foto: Shutterstock

O banco suíço de investimentos UBS divulgou um relatório fazendo uma análise do universo de criptomoedas, dando dez conselhos para seus clientes operarem no setor. A empresa ressalta que os criptoativos “deixaram de ser algo obscuro e novidade nos últimos anos para se tornar um conceito familiar e uma das áreas mais avançadas no setor de tecnologia”.

Além disso, a UBS ressalta que devido as mudanças profundas e rápidas, até os participantes mais experientes do mercado devem trabalhar para se manter atualizados. “Enquanto alta e baixa em preços de criptomoedas tendam a atrair cobertura da mídia, achamos que há muito mais para ser debatido.”

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Leia um resumo dos dez conselhos dados pelo UBS:

1 – Potencial para diminuir o custo e aumentar velocidade e transparência

A tecnologia de razão distribuída (DLT) oferece uma solução alternativa para facilitar as transações entre as contrapartes. Para por exemplo, a adoção de DLTs poderia melhorar os serviços de financiamento do comércio usando contratos inteligentes para acionar automaticamente pagamentos. Isso pode ajudar reduzir custos e aumentar a eficiência, especialmente para pequenas empresas e em mercados emergentes, onde a maior parte das transações ainda é feita no papel.

Outro exemplo é o uso de blockchains para melhorar a velocidade e os custos de pós-negociação em serviços financeiros como liquidação, custódia, empréstimo de ações e gestão de garantias.

2 – Maior acesso ao sistema financeiro

As tecnologias DeFi já estão sugerindo um sistema financeiro de menor atrito e possivelmente um mais justo para sociedade. Pode ainda ajudar a expandir a acessibilidade a serviços financeiros, embora seja necessária uma conexão com a internet, o que exclui 40% da população mundial hoje.

3 – O setor de serviços financeiros é mais propenso a disrupção

Com ganhos potenciais em eficiência, transparência e segurança, a tecnologia de blockchain representa uma ameaça aos modelos de negócios de intermediários de hoje. O setor de serviços financeiros está entre os mais propensos a interrupções impulsionadas pela DLT, que podem impactar áreas como pagamentos, consórcios de empréstimos, investimentos privados, financiamento comercial e gestão de acionistas. Porém, essas empresas que hoje são as intermediárias têm escala e experiência e devem ser capazes de integrar a tecnologia que surgir e aproveitar a base de clientes que já possui.

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4 – Leque enorme de possíveis aplicações

Vemos uma série de outras aplicações possíveis — de saúde a produtos de luxo — levando a um aumento de US$ 1 trilhão no PIB global nesta década.

Os contratos inteligentes (smart contracts) permitem a criação de produtos inovadores que são economicamente inviáveis ​​para operar usando a infraestrutura tradicional. Saúde, serviços públicos e arte e bens de luxo são algumas áreas que podem beneficiar. Embora as estimativas variem bastante, um estudo feito pela PWC prevê que a adoção da tecnologia pode impulsionar o PIB global em mais de US $ 1 trilhão ao longo desta década.

5 – Dificuldade de colocar valor nesses ativos.

O potencial tecnológico não significa que automaticamente as criptomoedas possuem um risco-benefício atrativo por si só, dado a dificuldade de colocar valor nesses ativos.

Existe um entendimento limitado e pouco consenso sobre como é estabelecido o valor das criptomoedas, devido à escassez de seu uso no mundo real para além da adoção no estágio inicial. Sem modo de concretizar o valor de criptomoeda e tokens, os investidores enfrentam um desafio adicional para determinar até que ponto os preços atuais já refletem o potencial do negócio.

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6 – Riscos legais, regulatórios e tecnológicos

O alto número de regras regulatórias em cada sistema financeiro faz com que a adoção do universo dos criptoativos seja inibida. A tentativa da China de controlar a mineração exemplifica como os riscos podem afetar todo o sistema, e não apenas uma criptomoeda, um token ou uma rede específica.

7 – Diversidade do portfolio é limitada

As criptomoedas são ineficientes quando o objetivo é fornecer um portfólio diversificado, caso se compare com investimentos como títulos do governo e ouro.  As criptomoedas tendem a ser altamente conectadas uma à outra, fazendo com que seja difícil para o investidor diversificar.

8 – Custos ambientais consideráveis

Com o tempo, esse sistema poderá ter uma impacto social positivo, Mas, no momento, a maior parte das atividades não se alinha com práticas sustentáveis. Por enquanto, não consideramos um investimento sustentável do ponto de vista ecológico.

9 – Altos riscos e para poucos

As quedas no mercado mostram que as criptomoedas e tokens são atrativas apenas para investidores com alta tolerância para riscos e especuladores. Esses investidores podem tomar vantagem da volatilidade e das mudanças constantes nos preços.

10 – Fintechs podem ser um caminho

Investidores mais tradicionais podem conseguir aproveitar melhor esses sistema por meio de empresas e plataformas que já tenham experiência e tecnologia estabelecida.  Vemos oportunidades nos sistemas de pagamento e empresas que usam a tecnologia do blockchain, computação em nuvem, Inteligência Artificial.

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