kamala harris e donald trump
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Quase 65 milhões de norte-americanos já votaram antecipadamente para a eleição da próxima semana — e a corrida entre os dois candidatos está apertada.

As criptomoedas se tornaram uma questão importante na corrida presidencial, com o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump mudando de um cético para um autoproclamado candidato pró-cripto, enquanto a atual vice-presidente Kamala Harris — que assumiu o lugar de Joe Biden como candidata democrata em julho — sinalizou a intenção de se afastar das políticas anti-cripto da administração atual em que serve.

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Com apenas três dias até o Dia da Eleição, aqui está um resumo de como Trump e Harris se posicionam sobre as criptomoedas e o que esperar se um deles vencer na próxima semana.

Donald Trump

O ex-presidente Donald Trump tem sido muito mais vocal do que Harris sobre o tema das criptomoedas.

Anteriormente anti-Bitcoin e cético em relação ao setor, o empresário e magnata imobiliário deu uma guinada acentuada no tema, passando a se declarar defensor da indústria e ganhando amplo apoio e doações ao longo do caminho.

Leia também: De “Bitcoin é uma fraude” a candidato cripto: como Trump mudou para agradar investidores

Avançando para 2024, Trump lançou várias coleções de NFTs, defendeu a “americanização” do Bitcoin e até apoiou um projeto de finanças descentralizadas (DeFi) chamado World Liberty Financial, junto com seus filhos. A World Liberty não teve um bom começo com investidores, mas há boatos de que planejam lançar uma stablecoin.

Como alguns outros republicanos, Trump se posicionou contra moedas digitais de bancos centrais (CBDC), ou dólares digitais — criptomoedas apoiadas pelo governo que ainda não existem nos EUA, mas que assustam a ala libertária do Partido Republicano e boa parte do setor de ativos digitais devido ao receio de maior vigilância governamental.

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Sua promessa de apoiar a mineração de Bitcoin — um grande negócio anteriormente dominado pela China, mas com muitos players americanos atualmente — encaixa-se perfeitamente na marca protecionista de Trump. O mesmo vale para seu desejo de demitir Gary Gensler, presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), visto como um “inimigo das criptomoedas”.

Principais executivos do setor têm apoiado Trump, seja por sua aparente paixão pela indústria, seja por sua disposição em engajar-se publicamente com um setor que a maioria dos políticos evita.

Kamala Harris

A candidata democrata Kamala Harris inicialmente foi discreta sobre o tema e, ao contrário de Trump, certamente não foi vista em um bar de Nova York temático de BTC distribuindo hambúrgueres aos apoiadores de Bitcoin.

Mas as criptomoedas fazem parte da agenda da ex-procuradora-geral.

Em outubro, Harris mencionou planos para o setor como parte de sua plataforma que inclui um compromisso específico para a comunidade afro-americana. Um documento de campanha dizia que o objetivo era “apoiar um marco regulatório para criptomoedas e outros ativos digitais, para que homens negros que investem e possuem esses ativos estejam protegidos”.

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Essa abordagem foi controversa, especialmente por ser seu comentário mais específico até então sobre criptomoedas. Mas um porta-voz esclareceu que esses planos eram destinados a todos os americanos, sem restrições de raça.

Esse não é o único indício de que a indústria cripto fará parte de seus planos presidenciais. Harris afirmou que blockchain, IA e outras tecnologias emergentes serão incentivadas nos EUA e, em um evento de arrecadação de fundos, declarou que apoiaria o crescimento do setor de ativos digitais no país.

O empresário bilionário e entusiasta de criptomoedas Mark Cuban afirmou em julho que a equipe de Harris o procurou com perguntas sobre ativos digitais. Ele disse mais tarde que a equipe de Harris estava “muito mais aberta” ao setor do que a administração Biden — e ele não é o único peso-pesado das criptomoedas otimista em relação a Kamala.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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