A Justiça de Goiás marcou uma audiência de conciliação para ocorrer em maio com Ronaldinho Gaúcho para tratar do processo de R$ 300 milhões movido pelo Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec/GO) contra a 18k Ronaldinho. A Justiça, porém, negou o pedido liminar para “garantir eventual reparação”.
A Ação Civil Coletiva que tramita na 9ª Vara Cível de Goiânia deverá ter sua primeira audiência no dia 22 de maio, caso até lá, o jogador esteja livre da prisão paraguaia.
O juiz responsável pela ação no Brasil, Abilio Wolney Aires Neto, deixou claro que a ausência injustificada é “considerada ato atentatório à dignidade da justiça, sendo sancionada com multa de até 2% (dois por cento) da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa”.
A entidade de proteção ao consumidor alegou na ação de nº 5054063.07.2020.8.09.0051 que a empresa de Ronaldinho “não passa de uma simples efetiva pirâmide financeira” com promessa de alta rentabilidade em curto tempo.
Ronaldinho Gaúcho e a suspeita
Segundo o Ibedec, a 18k Ronaldinho “apresenta uma proposta fraudulenta, onde há uma promessa de retorno extraordinário com 400% de juros em cima o valor investido no prazo de um ano e promessa de ganhos com a indicação de novos afiliados”.
Apesar disso, a entidade teve seu pedido liminar negado pelo juiz responsável pelo caso. A decisão foi proferida na última sexta-feira (06), um dia antes em que Ronaldinho Gaúcho e o irmão Roberto de Assis dele foram presos no Paraguai com passaportes falsos.
No pedido de tutela antecipada, a entidade de proteção ao consumidor “mencionou que a 18K Ronaldinho não possuía no site a informação de nenhum endereço da sede ou quaisquer outras coisas similares, apenas um telefone de suporte e o CNPJ”.
A empresa ligada ao ex-jogador do Barcelona, segundo o autor da Ação Civil Coletiva, apresentava “certa dose de amadorismo na página que não condiz com a atuação de ‘multinacional’ do ramo de ‘tecnologia financeira’”. O Ibedec, então, apontou que “não era oferecido contrato aos novos investidores”.
Da Justiça ao Reclame Aqui
O magistrado, porém, afirmou em decisão que o Ibedec não conseguiu demonstrar “a probabilidade do direito e o perigo de dano”. Esses são os dois requisitos essenciais para que uma tutela de urgência seja deferida.
Além de Ronaldinho Gaúcho e da 18K Ronaldinho Comércio e Participação Ltda, respondem a ação também a 18k Watches Comércio Atacadista, Marcelo Lara Marcelino e Bruno Rodrigues Alcantara.
Paralelo a esse processo na Justiça, porém, há também inúmeras denúncias no site Reclame Aqui. As reclamações apontam que a 18K Ronaldinho se trata de um grande scam. São mais de 250 queixas de clientes. A maioria delas apontam que pessoas deixaram de receber até mesmo o valor que aportou nesta empresa do ex-astro de futebol. A empresa, portanto, passou a ostentar agora a péssima reputação de “Não recomendada”.
Ronaldinho Gaúcho no Paraguai
A situação do ex-jogador do Barcelona não está complicada apenas em terras brasileiras. No Paraguai, portanto, o problema de Ronaldinho Gaúcho parece que só tem aumentado de tamanho.
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Após sua prisão no sábado (07) por uso de passaportes falsos, o Ministério Público daquele país desconfia que Ronaldinho Gaúcho esteja envolvido em outros crimes como a Lavagem de Dinheiro, segundo informações da Agência Brasil.
O caso envolvendo o ex-jogador ainda se desdobrou na prisão de outras 11 pessoas, conforme foi noticiado nesta quarta-feira (11) pelo jornal paraguaio ABC Color.
Pedido negado
Consta na publicação, que a Justiça descobriu a origem dos documentos usados por Ronaldinho e seu irmão Roberto de Assis. A mulher identificada como Stella Marys Lugo foi quem teria retirado os passaportes em janeiro a pedido das pessoas que trabalhavam com Dalia Lopez, segundo o promotor paraguaio, Frederico Delfino.
Lugo era vizinha das duas pessoas do bairro de San Felipe que tiveram os passaportes adulterados. O ministério público do paraguai agora trabalha para saber “quem foi a pessoa que se aproximou” das mulheres donas dos passaportes que foram adulterados à pedido da empresária Dalía Lopez.
Enquanto isso Ronaldinho e seu irmão seguem presos como foi noticiado também no ABC Color. Os advogados de defesa Alcides Cáceres, Tarek Tuma, Adolfo Marín e Christian Knapps tentaram pedir que as prisões fossem domiciliares sob custódia permanente da polícia paraguaia.
Além disso, os advogados ainda ofereceram como garantia uma casa de campo Lambaré avaliada em quase US$ 800 mil, de propriedade de Marcelo Bittar Sabe, mas não houve negociação.
O Juiz Gustavo Amarilla, então, afirmou em decisão que a soltura dos irmão pode representar risco de fuga e até mesmo pode colocar em perigo o andamento da investigação que poderia sofrer obstrução por parte de os investigados.
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