O principal líder religioso do Egito pediu a proibição das criptomoedas, incluindo o bitcoin, depois de reivindicar que estão proibidos sob a lei islâmica.
Sheik Shawki Allam, o Grand Mufti (o mais alto funcionário da lei religiosa) no Egito, disse que está proibido o comércio de criptomoedas – vender, comprar ou emprestar – após a emissão de uma fatwa, uma decisão de lei islâmica emitida por uma autoridade reconhecida (neste caso, o Grande Mufti do Egito). O fatwa é visto como uma lei segundo a lei religiosa e não é juridicamente vinculado, tecnicamente.
Um trecho da fatwa, conforme relatado pelo jornal egípcio Ahram, dizia:
“Bitcoin está proibido na lei da Sharia, pois causa danos a indivíduos, grupos e instituições”.
Criptomoedas não devem ser usadas em transações, argumentou ele, porque não são cobertas ou apoiadas como um instrumento financeiro pelo Banco Central do Egito (CBE). A falta de um bem tangível que sustenta as criptomoedas e o anonimato em suas transações que poderiam levar à evasão fiscal, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo são todos citados como preocupações por Allam.
Um dia antes, em 31 de dezembro, o conselheiro de Mufti, Maggie Ashour, deu um passo adiante para declarar que o bitcoin é usado para financiar o terrorismo.
Ele disse ao jornal Egypt Today:
“Esta moeda é usada diretamente para financiar terroristas. Não tem regras estabelecidas, que é considerada uma anulação do contrato no Islã e é por isso que é proibido “.
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