Imagem da matéria: Mineradora vende metade da sua reserva de bitcoin em meio à queda do mercado
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As recentes quedas de preços que empurram o bitcoin para o fundo de um mercado de baixa estão deixando os mineradores em apuros, como é o caso da Bitfarms, empresa canadense de mineração.

Nesta terça-feira (21), a mineradora veio a público dizer que precisou ajustar a forma como administra sua reserva de bitcoin para “melhorar a liquidez e fortalecer seu balanço patrimonial”.

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Essa mudança representou a venda de quase metade de todos os bitcoins que a empresa tinha em caixa. Ao todo, foram 3.000 BTC vendidos na semana passada, equivalentes a US$ 62 milhões no momento da liquidação.

O despejo de moedas no mercado reduziu o balanço da Bitfarms para US$ 42 milhões em dinheiro e 3.349 BTC, incluindo a produção de bitcoin acumulada no mês, que atualmente fica por volta de 14 BTC por dia. 

Essa venda chega uma semana depois da Bitfarms já ter vendido 1.500 BTC da sua reserva por US$ 34 milhões. A venda em questão tinha como objetivo diminuir a linha de crédito que a empresa possui com a Galaxy Digital, de US$ 100 milhões para US$ 66 milhões. 

Com a venda de mais de 3 mil bitcoins na última semana, a Bitfarms conseguiu usar parte do dinheiro para diminuir ainda mais sua dívida com a Galaxy, de US$ 66 milhões para US$ 38 milhões.

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Em paralelo, a mineradora também conta com um acordo de financiamento de equipamentos de US$ 37 milhões com a NYDIG.

“Em consideração à extrema volatilidade nos mercados, continuamos a tomar medidas para aumentar a liquidez, desalavancar e fortalecer nosso balanço. […] Não estamos mais HODLing [segurando] toda a nossa produção diária de BTC”, admitiu em nota Jeff Lucas, CFO da Bitfarms. 

De acordo com o empresário, essa estratégia não representa uma perda de confiança na criptomoeda, mas sim uma forma de garantir a sustentação da empresa nesse ciclo de baixa.

“Enquanto continuamos otimistas com a valorização do preço do BTC a longo prazo, essa mudança estratégica nos permite focar em nossas principais prioridades de manter nossas operações de mineração de classe mundial e continuar a expandir nossos negócios”, finalizou Lucas.

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Bitfarms na América Latina

O momento delicado que o bitcoin enfrenta pode atrasar a entrada da Bitfarms na América Latina. A mineradora planeja, desde abril do ano passado, montar uma grande fazenda de mineração na Argentina com uma potência de 210 megawatts, capaz de alimentar cerca de 55 mil máquinas.

Em entrevista à Bloomberg Línea no início do mês, o gerente geral da Bitfarms na América Latina,  Damián Polla, prometeu que o primeiro data center da nova filial na Argentina deve ser entregue em outubro deste ano. 

Mas ele não deixou de alertar que o momento de queda tende a prejudicar empresas cujas receitas são impactadas diretamente pelo preço do bitcoin.

Para o empresário, a indústria de mineração enfrenta um desafio no curto prazo: “Tanto na Argentina como no resto do mundo, a queda do preço do bitcoin está reduzindo a renda e aumentando os custos operacionais [de mineração]”.

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