Minerador de Bitcoin dá sorte e fatura R$ 1,5 milhão ao encontrar bloco sozinho

Com chances de apenas 1 em 30.000, minerador solo de Bitcoin consegue encontrar um bloco e levar toda a recompensa

Ilustração de homem minerando com picareta

Shutterstock

Um minerador solo de Bitcoin recebeu uma recompensa de 3,13 BTC, cerca de US$ 282 mil (R$ 1,5 milhão), após encontrar sozinho um bloco na quinta-feira (11), garantindo tanto a recompensa de mineração quanto as taxas das transações incluídas nele.

Segundo o administrador da CK Pool, serviço criado para auxiliar mineradores solo a encontrar blocos, a probabilidade de sucesso era de cerca de 1 em 30.000.

“Parabéns ao minerador 1Ng9~VoQz com 270 TH (terahashes) por resolver o 311º bloco sozinho em solo.ckpool.org”, escreveu o desenvolvedor e administrador da pool no X.

Para usar o pool, os mineradores pagam uma taxa de 2% — cerca de 0,062 BTC (aproximadamente R$ 30 mil) neste caso — ao serviço quando ganham blocos, mas não precisam arcar com os custos de operação de uma plataforma completa e cara de mineração de Bitcoin.

Leia também: O que é mineração de Bitcoin e como ela funciona

A descoberta mais recente foi a quarta nas últimas três semanas entre os mineradores que utilizam a Solo CK Pool. Antes dessa sequência, a plataforma não registrava um bloco encontrado desde setembro.

Os mineradores da plataforma já ganharam um total de 5.553 BTC por seus esforços de mineração, o que equivale a cerca de US$ 511 milhões aos preços atuais.

“Como jogar na loteria”

No entanto, embora mineradores individuais às vezes consigam encontrar ouro e ganhar seu próprio bloco, especialistas disseram ao Decrypt no início deste ano que minerar sem o apoio de um grande pool “é como jogar na loteria“.

Essa afirmação é especialmente verdadeira, visto que o hashrate do Bitcoin, ou seja, o poder computacional total da rede, continua a aumentar — atualmente com uma média superior a 1 ZH/s (zetahash) nas últimas 24 horas, contra cerca de 736 EH/s (exahash) neste mesmo dia no ano passado.

Leia também: O que é prova de trabalho e como ela garante a segurança do Bitcoin

A mineração de Bitcoin, assim como a de outras criptomoedas que utilizam o mecanismo de prova de trabalho, exige que os mineradores empreguem enorme capacidade computacional para participar de um processo competitivo baseado em tentativa e erro. O processo consiste em gerar várias de combinações por segundo até encontrar um hash válido — algo que depende de poder computacional, energia e hardware especializado, além de uma boa dose de sorte.

Como recompensa, os mineradores recebem bitcoins recém-criados — atualmente 3,125 BTC, juntamente com as taxas de usuário do bloco minerado.

Com a mudança na economia da mineração de Bitcoin, algumas empresas de mineração de capital aberto estão mudando suas prioridades para impulsionar o crescimento da inteligência artificial (IA) ​​— ou optando por sair completamente de atividades ligadas ao Bitcoin.

Em novembro, a Bitfarms, empresa de capital aberto, anunciou que encerraria suas operações de mineração de Bitcoin após um prejuízo de US$ 46 milhões, a fim de se concentrar em fornecer poder computacional para o crescente setor de IA.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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