A dificuldade de mineração do Bitcoin caiu 16% no domingo, para 21 trilhões, a queda mais acentuada deste ano. A correção sugere que os mineiros chineses estão desligando algumas máquinas antes de novas repressões contra a mineração pelo governo.
A dificuldade de mineração de Bitcoins mede a quantidade de energia do computador necessária para produzir novos Bitcoins. A rede ajusta a dificuldade (aproximadamente) uma vez a cada quinze dias para refletir o nível de competição entre os mineradores. A dificuldade de mineração mais baixa indica menos competição.
Mais de 75% dos mineiros que validam as transações Bitcoin estão baseados na China. Na sexta-feira passada, o governo acrescentou a mineração de Bitcoin a uma lista de indústrias que exigiam monitoramento para proteger a economia.
Pouco depois, a Huobi e a OKEx restringiram o acesso de clientes chineses a determinados serviços. Um porta-voz de Huobi disse ao Decrypt que as restrições eram uma resposta aos comentários do governo. OKEx disse ao Decrypt que suas restrições objetivam permanecer em conformidade com os reguladores.
Fontes do governo supostamente disseram à publicação chinesa Caixin que o governo está preocupado com a possibilidade de as criptomoedas possam prejudicar investidores e que prefere usar a eletricidade e os chips de computador em outro lugar.
A Mongólia Interior já começou a reprimir. O governo autônomo da região está considerando adicionar mineradores de Bitcoin às listas negras de crédito social e propôs a revogação das licenças de telecomunicações para os mineradores.
O ajuste de hoje também aumentou o tempo médio necessário para produzir um bloco para 11 minutos e 55 segundos – quase quatro minutos a mais do que em 13 de maio, quando a produção de blocos era em média de 8 minutos e 14 segundos.
No ajuste anterior, em 13 de maio, a dificuldade de mineração atingiu um recorde quando subiu 21,53% em relação aos níveis de dificuldade definidos em 1º de maio.