Gráfico de mercado
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Investidores globais amanheceram com maior apetite por risco e com isso apostam em criptomoedas e ações nesta quinta-feira (23). Resultados corporativos ajudam a melhorar o humor do mercado, apesar da constatação de que os juros vão continuar a subir nos EUA. 

O Bitcoin (BTC) ganha 1,3% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 24.411,29. Em reais, o BTC tem alta de 1,1%, negociado a R$ 126.695,52, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB). 

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Já o Ethereum (ETH) avança 1,3%, para US$ 1.665,88, segundo dados do Coingecko.  

Os principais desenvolvedores da blockchain Ethereum agendaram o lançamento da atualização Shanghai-Capella na rede de testes Sepolia para 28 de fevereiro, segundo comunicado

Nesta quinta, investidores também acompanham as investigações sobre a Voyager Digital e os planos de venda para a Binance US, além de um processo aberto pela procuradora-geral de Nova York contra a plataforma CoinEx.  

Quem também corre risco de ser processado é o Dapper Labs, cujos NFTs NBA Top Shot Moments podem ser considerados valores mobiliários. Ainda no campo da web3, o Spotify testa playlists baseadas em tokens, enquanto a gigante BlackRock lançou um ETF com foco em empresas expostas ao metaverso. 

Uma delas é a Meta, dona do Facebook, que prepara uma uma outra rodada de cortes de empregos, assim como a plataforma de games Immutable. 

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A Solana Spaces, que apostou alto na web3, anunciou o fechamento de suas lojas físicas em Miami e Nova York. Apesar da notícia, SOL, o token nativo da blockchain, avança 2,8% nas últimas 24 horas. 

Polygon (MATIC) sobe 3,3% após o “crash” de várias horas que afetou o explorador de blocos Polygonscan na quarta-feira (22), assustando usuários que pensaram ser um problema mais sério na rede. 

Outras altcoins operam no azul, com destaque para BNB (+1,8%), XRP (+1,5%), Cardano (+2,1%), Dogecoin (+1,4%), Polkadot (+2,5%) e Shiba Inu (+4,3%). Avalanche mostra queda de 0,8% nas últimas 24 horas. 

Bitcoin hoje 

Na quarta (22), após a divulgação da ata da reunião do banco central americano ocorrida no início do mês, o Bitcoin acentuou a queda com a sinalização de contínuo aperto monetário nos EUA. Mas posteriormente a maior criptomoeda voltou a subir em meio à análise mais detalhada de investidores sobre o documento. 

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Jake Boyle, diretor comercial da corretora cripto Caleb and Brown, destacou ao CoinDesk que a trajetória dos juros nos EUA é ascendente, mesmo com aumentos menores, de 0,25 ponto percentual. 

“Em conjunto com a incerteza regulatória que o espaço cripto parece enfrentar atualmente, seria justo supormos que haverá mais volatilidade e anúncios inesperados ao longo deste ano”, acrescentou. 

Bitcoins adormecidos 

De acordo com a empresa de análise de blockchain Glassnode, o número de Bitcoins “adormecidos” por pelo menos seis meses — chamados de “old supply” — é de 14,99 milhões, no valor de cerca de US$ 370 bilhões no preço atual. A máxima histórica é de 15,029 milhões em dezembro, acrescentou a Glassnode. 

Outra empresa de blockchain, a Arkham Intelligence, tem uma explicação para esta tendência: “A comunidade Bitcoin claramente está mais orientada ao investimento de longo prazo, concentrando-se na estratégia conhecida popularmente como HODL”, disse ao Decrypt o CEO da Arkham, Miguel Morel. 

De qualquer forma, Bitcoin e Ethereum parecem ir por caminhos opostos, segundo análise do CoinDesk.

Métricas de posições líquidas mostram que investidores estão enviando BTC para exchanges e sacando ETH das corretoras. Isso poderia indicar pessimismo em relação ao desempenho do Bitcoin e expectativas de ganhos para o Ethereum. 

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Voyager no radar 

Nos EUA, a Comissão Federal de Comércio (FTC) mostrou oposição à terceira tentativa da plataforma cripto Voyager Digital para um plano de reestruturação em sua recuperação judicial, informou o Decrypt. De acordo com a agência, o processo impediria ilegalmente a empresa de ser responsabilizada por “fraude real, má conduta intencional ou negligência grave”. 

Se o juiz confirmar o plano como está atualmente redigido, a FTC pode tecnicamente ser impedida de prosseguir com uma ação legal ou aplicar multas contra a Voyager e seus ex-funcionários.  

Em documento apresentado na quarta-feira (22) a um tribunal, a advogada da FTC, Katherine Johnson, disse que o órgão está investigando a Voyager Digital “por seu marketing enganoso e injusto de criptomoedas ao público”. 

O juiz de falências Michael Wiles aprovou condicionalmente o plano de reestruturação da Voyager em 13 de janeiro e agendou uma audiência para confirmá-lo na próxima quinta-feira, 2 de março, em Manhattan. 

Apesar do impasse, advogados da Voyager disseram que uma consulta com credores deu sinal verde para a venda de ativos para a Binance US, braço da Binance nos EUA. Cerca de 97% dos credores consultados haviam aprovado o plano em votação até a quarta-feira. 

No entanto, a venda não será fácil. A SEC, a CVM dos EUA, e reguladores de Nova York se opuseram ao acordo com a Binance US, avaliado em US$ 1 bilhão, alegando que a transação pode ser ilegal e discriminatória, conforme documentos citados pelo CoinDesk. 

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Reservas de tokens da Binance 

E por falar em Binance, a maior exchange cripto do mundo implementou um sistema “semiautomatizado” para gerenciar as reservas de tokens que emite após anos em que garantias foram misturadas com fundos de clientes, de acordo com a Bloomberg. Pelo menos uma grande stablecoin, a BUSD, nem sempre esteve coberta completamente por reservas. 

No mês passado, a exchange reconheceu os problemas com os tokens, também conhecidos como B-tokens, e disse que foram corrigidos. 

Aliás, em meio à suspensão da emissão da BUSD pela Paxos, um evento raro fez com que a terceira maior stablecoin do mundo despencasse para US$ 0,20 em curto intervalo na manhã da quarta-feira. A queda foi registrada na Binance com o par de negociação da BUSD com DAI, outra stablecoin pareada ao dólar. 

No Canadá, as stablecoins também enfrentam maior escrutínio, segundo o Decrypt. Reguladores publicaram uma longa lista de exigências para a negociação desses tokens. Stablecoins garantidas por moedas fiduciárias podem ser aprovadas, caso suas reservas forem líquidas e auditadas mensalmente. Já as algorítmicas enfrentarão um caminho mais complicado para aprovação.  

Demissões na Meta 

A Meta, dona do Facebook, prepara uma nova onda de cortes de empregos, que incluem profissionais de recursos humanos, advogados, especialistas financeiros e altos executivos, num esforço de reorganização que pode afetar milhares de funcionários, de acordo com o Washington Post

A Meta planeja rebaixar alguns líderes na hierarquia, nivelando as camadas de gerenciamento entre o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, e estagiários da empresa, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto. 

Em novembro, o dono da Meta anunciou a demissão de 11 mil trabalhadores, ou 13% da força de trabalho, dizendo que não esperava mais cortes no futuro próximo. 

Afetada pelo inverno cripto, a plataforma de games blockchain Immutable também anunciou a segunda rodada de demissões em sete meses, com o corte de 11% da força de trabalho, noticiou o Sydney Morning Herald. 

Outros destaques das criptomoedas  

Os tokens não fungíveis (NFTs) da coleção NBA Top Shot Moments atendem aos requisitos para serem considerados valor mobiliário, disse um juiz federal sobre um processo na quarta-feira, dando luz verde a uma ação coletiva contra o Dapper Labs. 

O juiz negou uma moção do CEO da Dapper Labs, Roham Gharegozlou, para arquivar o processo segundo o qual sua empresa violou as leis de valores mobiliários ao vender os NFTs NBA Top Shot Moments sem registro e divulgação aplicados a outros contratos de investimento. A decisão do juiz Victor Marrero pode não se aplicar a outros NFTs. 

A Fundação Tezos seguiu o exemplo das redes Aptos e Solana e incorporou o Google Cloud como validador de produção de blocos. Os validadores também desempenham um papel no processo de governança, votando em possíveis alterações nas blockchains. Mas o Google Cloud ainda não demonstrou interesse em se envolver na política da rede Tezos, segundo o Decrypt

A DINAMO Networks, empresa especializada em segurança digital, promove às 10h da manhã desta quinta (23) um webinar gratuito sobre “Segurança, governança e compliance para blockchain”. O evento voltado para CEOs, diretores de estratégia (CSOs), gestores de instituições financeiras, cientistas de dados e desenvolvedores de blockchain busca ampliar o conhecimento sobre o assunto, que ganha cada vez mais notoriedade no mundo dos negócios no mercado nacional e internacional. Para participar, o interessado pode fazer a inscrição no site oficial do evento

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