Imagem da matéria: Manhã Cripto: Monero sobe 51% após "transferência suspeita" de R$ 1,8 bilhão em Bitcoin
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A blockchain de privacidade Monero (XMR) disparou 51% nesta segunda-feira — e investigadores de blockchain apontaram que hackers lavando US$ 330 milhões (R$ 1,8 bilhão) em Bitcoin roubado seriam o provável motivo.

O restante do mercado também abriu a semana em tom positivo. O Bitcoin (BTC) sobe 1,1% é cotado em US$ 95.088 e o Índice de Preço do Bitcoin (IPB) em R$ 543.735. O Ethereum (ETH) apresenta valorização de 0,4% e é vendido a US$ 1.815.

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Além disso, quase todo o top 10 segue em alta: XRP (+6,7%), BNB (+0,9%), Solana (+2,7%), Dogecoin (+0,3%), Cardano (+3,1%). A exceção é o Tron (TRX), com queda de 1,3%.

Na manhã desta segunda-feira (28), o investigador on-chain ZachXBT destacou uma “transferência suspeita” feita de uma “possível vítima” de 3.520 BTC (no valor de aproximadamente US$ 333 milhões). Pouco depois, os fundos foram trocados por XMR através de várias exchanges. ZachXBT acredita que se tratou de um “roubo” devido às altas taxas pagas e à atividade suspeita após a movimentação dos fundos.

Posteriormente, o investigador acrescentou que é “altamente provável” que o ataque não tenha se originado da Coreia do Norte e que a vítima fosse um detentor de Bitcoin de longa data.

Em resposta, o preço do XMR subiu 51%, chegando a US$ 347,72 em sete horas, antes de recuar. No momento da publicação, o Monero está cotado a US$ 264,18, uma alta de 15,3% no dia, de acordo com o CoinGecko.

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Monero e privacidade

O Monero é a maior criptomoeda de privacidade, com uma capitalização de mercado de US$ 5,3 bilhões, ocupando a 27ª posição entre as maiores criptomoedas em valor de mercado.

Enquanto blockchains convencionais como Bitcoin e Ethereum permitem que qualquer usuário visualize todas as transações feitas na rede — possibilitando o rastreamento de fundos através de carteiras —, o Monero utiliza uma variedade de tecnologias para ofuscar endereços de carteira e transações. Como resultado, tornou-se uma rede popular para agentes maliciosos esconderem suas atividades.

Em 2020, o IRS (Receita Federal dos EUA) ofereceu US$ 625.000 para empresas que tentassem “quebrar” a privacidade do Monero, fechando posteriormente contratos com a empresa de rastreamento blockchain Chainalysis e com a empresa de análise forense de dados Integra FEC.

Houve casos em que usuários criminosos de Monero foram condenados, apesar da forte privacidade da rede.

No verão passado, o traficante de drogas britânico da dark web, Jack Edward Finney, foi condenado e seus tokens de Monero foram apreendidos. No entanto, a apreensão não ocorreu porque a polícia conseguiu quebrar a rede, mas porque Finney transferiu os fundos para o investigador como parte de uma ordem de confisco. Posteriormente, as autoridades britânicas venderam os tokens, no que foi descrito pelos promotores como o primeiro pagamento de criptomoeda Monero no Reino Unido.

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Em janeiro de 2024, foi noticiado pela mídia local da Finlândia que o Escritório Nacional de Investigação (KRP) conseguiu rastrear transações feitas usando Monero. No entanto, uma ex-membro do comitê do MAGIC Monero Fund, Csilla Brimer, disse ao Decrypt que essa não era toda a verdade. Segundo ela, as investigações provavelmente conseguiram rastrear algumas transações devido à má segurança operacional do usuário.

“Se você não for cuidadoso com sua segurança operacional e ficar alternando entre Bitcoin e Monero, pode acabar vazando algumas informações”, disse Brimer ao Decrypt. “Reguladores podem usar essa falha para alegar que conseguem rastrear o Monero.”

“Monero é muito sólido para proteger os detalhes das suas transações, mas não pode te salvar de falhas nos seus próprios hábitos de segurança”, acrescentou.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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