O Bitcoin (BTC) reconquistou a importante marca de US$ 100 mil na tarde de segunda-feira (6) e continuou subindo até atingir a sua maior cotação registrada no ano: US$ 102.512.
Na manhã desta terça-feira (7), o preço da criptomoeda líder do mercado recua para US$ 101.471, ainda acumulando ganhos de 2,7% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinGecko.
O chamado “Trump Trade”, que reflete a animação do mercado financeiro com a volta de Donald Trump à presidência dos EUA daqui duas semanas, pode estar impulsionando a alta do Bitcoin depois de uma virada de ano morna para a criptomoeda.
O Washington Post noticiou que a equipe de Trump está considerando um plano de tarifas reduzidas sobre bens e serviços importados de todos os países, após os apelos do político por tarifas “universais” durante a campanha. Mas, em uma publicação na Truth Social, Trump contestou a reportagem, argumentando que ela “afirma incorretamente que minha política tarifária será reduzida”.
Em setembro, Trump propôs uma tarifa de até 20% sobre importações nos EUA, além de uma tarifa ainda mais alta, de 60%, sobre bens e serviços da China, segundo a PBS News.
Como um ativo correlacionado à força do dólar, tarifas mais altas poderiam impactar negativamente o preço do Bitcoin no curto prazo, afirmou ao Decrypt Zach Pandl, Diretor de Pesquisa da Grayscale.
“Tarifas mais altas, mantidas as demais condições, significam fortalecimento do dólar”, disse ele. “O impacto é indireto, mas as tarifas podem afetar a valorização do Bitcoin devido à sua correlação com o dólar.”
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Por outro lado, alguns analistas afirmam que o bull run do Bitcoin pode ser acelerado pelo enfraquecimento da economia da China.
“A China parece estar deixando a moeda desvalorizar e não está mais defendendo-a, permitindo que a paridade desça gradualmente, se não uma desvalorização completa. Isso acelerará as saídas de capital da China, algo que estamos observando com as ações chinesas sob pressão. O Bitcoin será um destino óbvio para parte desses fluxos, especialmente com os controles de capital dificultando a saída de recursos da China por canais tradicionais”, disseram os fundadores do LondonCryptoClub ao CoinDesk.
“Quando a China desvalorizou em 2015, o Bitcoin rapidamente foi negociado a mais de três vezes o preço anterior”, acrescentaram.
De toda forma, o retorno de Trump à Casa Branca está sendo interpretado como altamente positivo para o mercado cripto. Na segunda-feira, o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, disse que já está vendo líderes do mercado financeiro tradicional (TradFi) fazerem uma mudança significativa quando se trata do apetite por se envolver com criptomoedas.
Ele afirma que a Ripple, nas seis semanas seguintes à eleição presidencial de 2024, conquistou mais clientes do que nos seis meses anteriores combinados, sendo grande parte participantes de TradFi que lhe disseram abertamente estarem dispostos a se envolver com cripto nos Estados Unidos porque não temem mais que isso possa trazer problemas legais.
O executivo também afirmou que 75% das vagas abertas na Ripple agora são nos EUA, enquanto nos últimos quatro anos, a grande maioria das contratações foi fora do país.
“Eles não queriam lutar a luta”, disse Garlinghouse ao Decrypt sobre os líderes tradicionais. “[Cripto] era apenas uma dor de cabeça extra com a qual eles não queriam lidar. Mas quando você os envolve agora, eles percebem o que está por vir. O risco de eles se envolverem com empresas como a Ripple é muito, muito menor.”
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