Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin fica estagnado cima de US$ 61 mil e Índia começa regulação do mercado
(Foto: Shutterstock)

A manhã desta sexta-feira (23) apresenta um mercado de criptomoedas estagnado. O Bitcoin (BTC) registra queda de 0,2%, cotado em US$ 61.066. No acumulado de sete dias, tem resultado positivo de 4,6%. Os dados são da Coingecko.

Já na moeda brasileira, o BTC faz caminho inverso: alta de 1,86% e vendido a R$ 341.065, conforme dados do Índice de Preço Bitcoin (IPB).

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Entre as criptomoedas mais importantes, o Ethereum (ETH) mostra um resultado mais expressivo, com alta de 1%. A unidade do Ether é vendida a US$ 2.661. 

Na sequência, muito desempenhos próximos do zero no quesito oscilação de preços: BNB (-0,3%), Solana (+0,1%), XRP (-0,8%), Lido Staked Ether (+0,8%), Toncoin (+0,3%) e Dogecoin (-0,1%).

Índia elabora política cripto

O governo indiano está elaborando um documento de consulta para abordar as principais preocupações com criptomoedas como parte de seu esforço para obter maior clareza regulatória em torno da classe de ativos.

De acordo com uma reportagem da CNBCTV18 na quarta-feira (21), o Secretário do Departamento de Assuntos Econômicos está liderando um painel que deverá publicar um documento de consulta, com lançamento previsto para setembro e outubro.

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O governo indiano está tomando medidas para reforçar sua política doméstica de criptoativos enquanto tenta conciliar inovação com supervisão regulatória, convidando as partes interessadas a fornecer feedback.

Durante a Cúpula do G20 no ano passado, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi pediu uma estrutura global para regularizar o setor cripto, a inteligência artificial e outras tecnologias emergentes.

A decisão segue a história conturbada do país com as criptomoedas, depois que o banco central da Índia proibiu as instituições financeiras de negociar essa classe de ativos em 2018. A Suprema Corte anulou a proibição dois anos depois, permitindo que o trading de criptoativos fosse retomado, apesar das preocupações regulatórias em andamento.

Essas preocupações incluem a forma como as criptomoedas de emissão privada representam um risco macroeconômico, especialmente em relação às stablecoins, para as quais o RBI já havia solicitado a proibição de ativos digitais atrelados a moedas fiduciárias, como o dólar americano, ou commodities, incluindo o ouro.

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O documento proposto segue a ação decisiva do governo contra as exchanges cripto offshore que não estão em conformidade, tendo recentemente imposto proibições a nove grandes plataformas em dezembro. Entre elas estavam a Binance, KuCoin, Huobi, Kraken, Gate.io, Bittrex, Bitstamp, MEXC Global e Bitfinex, por supostamente não estarem em conformidade com as políticas de combate à lavagem de dinheiro da Índia.

A Unidade de Inteligência Financeira da Índia aplicou essas proibições, impedindo as exchanges de operar no país. A Binance, uma das maiores exchanges afetadas, pagou uma multa de US$ 2,25 milhões e registrou-se na FIU, o que lhe permitiu retomar as operações no mercado indiano.

A posição da Índia sobre a regulamentação de criptomoedas evoluiu sob a influência de desenvolvimentos globais, especialmente depois que o Conselho de Estabilidade Financeira integrou políticas relacionadas a criptoativos no roteiro do G20 no ano passado, impulsionando os esforços em direção a padrões regulatórios unificados entre as economias emergentes.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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