As moedas digitais registram perdas nesta sexta-feira (21), em linha com os mercados acionários globais, onde traders estão atentos aos balanços corporativos e sinais de força nas economias dos EUA e Reino Unido, o que poderia abrir espaço para a continuidade do aperto monetário.
O Bitcoin (BTC) recua 2% nas últimas 24 horas, para US$ 29.778,69, segundo dados do Coingecko.
O chamado Índice de Ganância e Medo do Bitcoin entrou em território neutro, o que pode ser sinal de incerteza de investidores, mostra análise do CoinDesk.
Em reais, o BTC opera em baixa de 1,5%, negociado a R$ 143.702,75, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) perde 1,8%, cotado a US$ 1.887,36.
As altcoins também revertem a valorização dos últimos dias, incluindo XRP, que cai 4,8% em 24 horas e mostra baixa de 1,7% em sete dias. Outros tokens acompanham a tendência, com destaque para BNB (-0,3%), Cardano (-4,5%), Solana (-7,4%), Dogecoin (-1%), Polygon (-3,9%), Avalanche (-3,1%) e Shiba Inu (-1,4%). Polkadot vai na contramão e avança 1,6%.
Novo processo contra fundador da FTX
O novo comando da exchange cripto FTX abriu um processo contra o fundador Sam Bankman-Fried (SBF) e três outros ex-executivos para recuperar mais de US$ 1 bilhão que eles supostamente desviaram nos meses que antecederam seu colapso no ano passado, de acordo com o Financial Times.
A ação visa uma série de prêmios de ações, compras de imóveis, transferências de dinheiro e outras transações que, segundo a corretora, devem ser revertidas pela lei de falências dos EUA.
Entre os supostos beneficiários das transações descritas no processo estão Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, braço de trading da FTX. Em um incidente listado na denúncia, Ellison supostamente pagou a si mesma um bônus de US$ 22,5 milhões, parte do qual foi posteriormente transferido para uma conta bancária pessoal e depois usado para investir milhões de dólares em uma empresa focada em pesquisa de inteligência artificial, segundo a reportagem.
Ellison teve uma série de arquivos de seu Google Docs vazados em meio ao processo que tramita contra a FTX nos EUA.
Ellison, que também teve uma relação amorosa com Bankman-Fried durante o período em que eram parceiros de negócios, desabafou sobre seus problemas nos documentos online que usava como espécie de diário e que foram publicados pelo New York Times.
No entanto, o Departamento de Justiça dos EUA agora acusa Bankman-Fried de ser o responsável por vazar os dados ao jornal, informou o CoinDesk.
“As ações do réu – compartilhar diários pessoais de Caroline Ellison com um repórter do New York Times – implicam a questão central da Regra 23.1 de que a divulgação de material relacionado ao “depoimento ou credibilidade de possíveis testemunhas” envolve presumivelmente uma probabilidade substancial ou prejuízo para um julgamento justo e a devida administração da Justiça”, escreveram os procuradores dos EUA.
O DOJ agora quer proibir que SBF, atualmente em prisão domiciliar, e todas as partes envolvidas no caso de fazer qualquer declaração extrajudicial no futuro.
Enquanto isso, usuários da FTX dizem que foram vítimas de ataques de phishing.
Ataques de hackers da Coreia do Norte
Um grupo de hackers apoiado pelo governo norte-coreano invadiu uma empresa americana de gerenciamento de TI e a usou como trampolim para atingir plataformas de criptomoedas, segundo informações da companhia e de especialistas em segurança cibernética publicadas pela Reuters.
Os hackers invadiram a JumpCloud, com sede em Louisville, Colorado, no final de junho e usaram seu acesso aos sistemas da empresa para atingir “menos de 5” de seus clientes, segundo comunicado em um blog.
A JumpCloud não identificou os clientes afetados, mas as empresas de segurança cibernética CrowdStrike Holdings – que está auxiliando a JumpCloud – e a Mandiant, controlada pela Alphabet, dona do Google, disseram que os hackers envolvidos eram conhecidos pelo interesse em criptomoedas.
Duas pessoas familiarizadas com o assunto confirmaram à Reuters que os clientes da JumpCloud visados pelos hackers eram empresas de criptoativos.
Outros destaques das criptomoedas
O Coinbase Borrow, um programa que permitia aos clientes receber empréstimos em moeda fiduciária de até US$ 1 milhão garantidos por até 30% de suas posições em Bitcoin, será encerrado nos próximos meses. A exchange cripto americana Coinbase, que lançou o programa, planeja concentrar seus recursos em produtos “com os quais os clientes mais se importam”, disse um porta-voz ao CoinDesk na quinta-feira (20). Clientes que possuem empréstimos por meio do programa terão até 20 de novembro deste ano para pagar quaisquer saldos pendentes.
E por falar em empréstimos, a Binance Labs está investindo US$ 10 milhões no protocolo de crédito cripto DeFi Radiant Capital em uma tentativa de conectar mais blockchains e, assim, facilitar essas transações entre as redes. O Radiant Capital — que foi desenvolvido com base na arquitetura de outra empresa apoiada pela Binance, a LayerZero Labs — pretende utilizar os recursos para seus planos de expansão, incluindo US$ 5 milhões para a DAO do Radiant, informou o Decrypt.
Um grupo de investidores está nos estágios finais de fechar um acordo para comprar o CoinDesk, portal de notícias sobre criptoativos controlado pelo Digital Currency Group (DCG), que também é dono da gestora Grayscale e da plataforma Genesis, atualmente em recuperação judicial.
De acordo com o Wall Street Journal, o grupo é liderado por Matthew Roszak, da Tally Capital, uma empresa de investimentos privados focada em tecnologias baseadas em cripto e blockchain, e Peter Vessenes, da Capital6, uma companhia de capital de risco e family office, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
A transação está avaliada em cerca de US$ 125 milhões e o DCG planeja ficar com uma participação no CoinDesk, que teve receita de US$ 50 milhões no ano passado.
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