Manhã Cripto: Bitcoin bate R$ 418 mil no Brasil, mas falha em renovar recorde em dólar

O Bitcoin ficou a pouco mais de US$ 175 de superar o recorde anterior de US$ 73.737, alcançado em março
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Foto: Shutterstock

O Bitcoin (BTC) teve uma grande valorização na terça-feira e, após iniciar o dia superando pela primeira vez a marca de R$ 400 mil no Brasil, continuou subindo até estabelecer um recorde de preço frente ao real de R$ 418.793, segundo dados do Índice de Preço do Bitcoin (IPB).

Embora o BTC siga em alta de 2,6% na manhã desta quarta-feira (30), seu preço recua para cerca de R$ 413 mil. Em dólar, a criptomoeda troca de mãos por US$ 72.545, segundo o CoinGecko.

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Na tarde passada, o Bitcoin ultrapassou a marca de US$ 73 mil e ficou a pouco mais de US$ 175 de estabelecer um novo recorde e superar o pico anterior de US$ 73.737, alcançado em março. No entanto, faltou um impulso final, e a criptomoeda entrou em queda logo em seguida.

De todo modo, o BTC ainda acumula uma valorização de 14% nos últimos 30 dias, concretizando a tendência de alta que costuma marcar o mês de outubro.

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O recuo do Bitcoin após o impressionante rali de ontem pode ser explicado pela realização de lucros por investidores, aproveitando o momento em que o preço do ativo se aproximava de sua máxima histórica.

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Uma movimentação nesse sentido que chamou atenção do mercado veio do governo do Butão, país que, embora pequeno, possui uma grande operação de mineração da criptomoeda. O governo transferiu 929 Bitcoin (cerca de R$ 371 milhões) para um endereço de depósito da exchange de criptomoedas Binance, conforme rastreou a plataforma de análise Arkham.

O governo não fez qualquer declaração sobre essa movimentação, mas é comum que esse tipo de transferência para carteiras em exchanges sejam prenúncios de venda de ativos. De toda forma, o Butão ainda possui hoje cerca de 12.456 bitcoins em suas carteiras, avaliados em US$ 886 milhões.

ETFs de Bitcoin captam US$ 870 milhões

Enquanto o preço do Bitcoin disparava na terça-feira, os 12 ETFs de Bitcoin à vista negociados nos EUA receberam uma forte demanda de investidores, levando o volume de negociação a US$ 4,75 bilhões — com o ETF da BlackRock, o IBIT, registrando sozinho US$ 3,36 bilhões, seu maior volume desde 14 de março.

No total, os ETFs de Bitcoin captaram US$ 870 milhões na terça-feira, o que representa o terceiro maior fluxo de entradas na história desses produtos, segundo dados da plataforma Sosovalue

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Como esperado, o ETF da BlackRock liderou as entradas, captando US$ 642 milhões, seguido pelo FBTC da Fidelity (US$ 133,8 milhões) e o BITB da Bitwise (US$ 52 milhões). 

A grande captação de fundos pela BlackRock chamou a atenção dos especialistas do setor. O analista sênior de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, classificou no X (antigo Twitter) como “um pouco estranho” o grande volume de negociação do IBIT, pela premissa de que “normalmente, o volume de ETFs dispara em momentos de queda ou crise”.

“Ocasionalmente, no entanto, o volume pode disparar se houver uma onda de FOMO [medo de ficar de fora]. Dado o aumento no preço nos últimos dias, meu palpite é que se trata desse caso, o que significa que devemos observar (mais) grandes entradas esta semana. Vamos ver!”, disse Balchunas.

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