O Bitcoin quebrou a tendência histórica ao fechar setembro com uma valorização de 7,2%, registrando seu melhor desempenho para o mês nos últimos 11 anos, de acordo com dados da CoinGlass. Agora, a cripomoeda líder do mercado tem a missão de expandir os ganhos para outubro, um mês tradicionalmente de alta que, no universo cripto, é conhecido como “Uptober”.
Na manhã desta terça-feira (1º), o Bitcoin é negociado a US$ 63.864, com uma pequena alta de 0,5% nas últimas 24 horas. Em reais, o BTC registra queda de 0,1%, para R$ 348.640, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
O restante das criptomoedas do mercado também abrem o mês sem grandes variações de preço, com a maioria marcando pequenos ganhos, como Ethereum (1%), Solana (1,4%) e BNB (1,2%). Outros ativos seguem a direção contrária, como Dogecoin e XRP, que recuam 2,1% e 0,6% nesta manhã.
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A expectativa entre os investidores é que outubro seja mais um mês positivo para as criptomoedas. Na média, o Bitcoin tende a valorizar cerca de 22% neste período e, até então, foram apenas dois meses de outubro em que o BTC não valorizou: 2014 e 2018.
Ainda assim, não é possível garantir que o Bitcoin seguirá as tendências positivas, e a criptomoeda inicia outubro com cautela, especialmente com o início do feriado da Golden Week na China em 1º de outubro.
Essa celebração anual de sete dias, que marca o Dia Nacional da China e se estende por várias festividades culturais, frequentemente resulta em uma menor atividade de negociação nos mercados globais — incluindo criptomoedas.
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Uma série de eventos nos EUA também estão previstos para acontecer essa semana, com potencial de refletir no mercado cripto. Entre eles está o debate entre os candidatos a vice-presidente, Tim Walz e J.D. Vance, nesta terça (1º), o relatório de pedidos iniciais de seguro-desemprego dos EUA na quinta-feira (3), e os dados de empregos e taxa de desemprego dos EUA, que será divulgado na sexta (4).
De acordo com o Decrypt, analistas estão prevendo um mercado lento nesta semana e alertam que o Bitcoin pode sofrer uma correção de 5% a 10% antes de qualquer movimento significativo de alta ser retomado. Jake Ostrovskis, trader de OTC na Wintermute, explicou que os dados do mercado sugerem que traders esperam oscilações acentuadas de preço no curto prazo.
Na visão dele, à medida que o Bitcoin fica abaixo de US$ 65.000, a superfície de volatilidade indica um viés de baixa até o final de outubro ou início de novembro. No entanto, ele defende que “o posicionamento atual sugere suporte para um rali pós-eleição”.
Os analistas da Bitfinex também alertam que os recentes ganhos do Bitcoin podem estar atingindo um teto de curto prazo. “O Bitcoin recuperou níveis importantes, como o Preço Realizado dos Detentores de Curto Prazo (US$ 62.750), mas há sinais de alerta”, disseram, argumentando que as compras no mercado à vista recentemente se estabilizaram, o que sugere que o mercado pode ter atingido um equilíbrio temporário.
Valentin Fournier, analista da BRN, replicou a postura cautelosa ao falar com o Decrypt, apontando que o mercado atual do Bitcoin apresenta dados conflitantes.
“O RSI Estocástico continua a sinalizar potencial de alta, mas o MACD indica enfraquecimento do momento”, afirmou. Ele acrescentou que o Índice de Força Relativa (RSI) do Bitcoin saiu do território de sobrecompra, sinalizando uma possível correção. Um recuo para a faixa de US$ 61.000 a US$ 62.500, sugere ele, poderia servir como uma base sólida para uma nova tendência de alta.
“A taxa de desemprego dos EUA será um evento crucial para movimentar o mercado. Qualquer desvio da taxa esperada de 4,2% poderia impactar o sentimento do mercado e influenciar ativos de risco, incluindo criptomoedas”, concluiu.
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