A Ledger, fabricante de carteiras de criptomoedas de hardware, anunciou nesta sexta-feira (26) o lançamento de sua nova carteira Ledger Flex, que se baseia na linguagem de design e na interface de tela sensível ao toque E Ink estabelecida com seu modelo anterior, o Stax.
Com um preço de US$ 249 (R$ 1.408), a Ledger Flex é mais barata que a Ledger Stax premium de US$ 399 (R$ 2.257) na linha de dispositivos da empresa. A Flex possui uma tela capacitiva sensível ao toque de 2,8” E Ink com resolução de 600 x 480 pixels — mas sem a tela curva projetada por Tony Fadell do Stax.
Ela está disponível em duas versões: o design preto e prata característico da empresa ou uma variante especial laranja, numa aparente homenagem ao Bitcoin.
“Nossa nova categoria de tela sensível ao toque segura tornará a autocustódia mais acessível do que nunca para mais consumidores e empresas”, disse o CEO da Ledger, Pascal Gauthier, em um comunicado de imprensa.
Pesando 57,5g, a Flex também conta com conectividade USB C, Bluetooth 5.2 e NFC em sua estrutura de 78,40 mm × 56,50 mm × 7,70 mm, juntamente com uma bateria que promete “semanas ou até meses com uma carga”.
Mais importante, claro, a Flex também inclui o elemento seguro certificado Evaluation Assurance Level (EAL) 6 da empresa, que protege sua linha de dispositivos. O elemento seguro é o coração do dispositivo, gerando e armazenando as chaves privadas do usuário e alimentando a tela segura da Ledger.
A empresa afirma ter uma “abordagem única” para implementar elementos seguros, incorporando um sistema operacional proprietário, o BOLOS, junto com o Donjon, uma equipe de hackers éticos encarregados de encontrar e resolver vulnerabilidades em seu hardware e software.
Proof of You
A Flex faz parte da iniciativa da empresa para “proteger um mundo que está adotando a IA”, fornecendo “Proof of You”. Essa iniciativa começa com um novo aplicativo Ledger Security Key que permite aos usuários criar Autenticação de Dois Fatores (2FA) e Passkeys usando a especificação aberta FIDO 2 no dispositivo.
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O aplicativo, disponível para as carteiras Flex e Stax, permite login sem senha em sites como Google, Amazon e exchanges de criptomoedas Binance e Coinbase, ao tocar o dispositivo contra um telefone usando NFC ou conectá-lo a um computador pessoal.
Ledger e segurança
A Ledger enfrentou críticas em relação a elementos de sua segurança no passado. Em 2021, um banco de dados de e-mails dos clientes da empresa foi hackeado, expondo os detalhes pessoais de quase 300.000 usuários da Ledger.
No ano passado, uma versão maliciosa do Ledger Connect Kit foi identificada por desenvolvedores postando no Twitter, levando a empresa a alertar os clientes a pararem de interagir com aplicativos descentralizados (dapps) enquanto implementava uma correção.
Já em maio de 2023, a empresa foi criticada pelo Ledger Recover, um serviço de recuperação de chave baseado em ID que faz backup das frases-semente dos usuários. Embora a Ledger tenha assegurado aos usuários que era um serviço de adesão opcional, alguns acusaram a empresa de criar uma “porta dos fundos” nos dispositivos, argumentando que “o caminho do código para enviar material da chave privada pela internet estará no seu dispositivo, independentemente de você aderir ou não.”
O cofundador da empresa, Nicolas Bacca, disse na época que o serviço “não é de forma alguma uma porta dos fundos, porque nada acontecerá sem o seu consentimento no seu dispositivo”, acrescentando que isso não aumentava os vetores de ataque nas carteiras de hardware.
A empresa anunciou que seu serviço Recover é suportado na Ledger Flex desde o lançamento, acrescentando que, “com o Ledger Recover, você nunca precisará se preocupar em recuperar o acesso à sua carteira, mesmo que seu backup físico da Frase de Recuperação Secreta seja perdido ou destruído.”
*Traduzido com autorização do Decrypt.
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