O Itaú, maior banco privado do Brasil, demorou a entrar no mercado de criptomoedas, mas hoje defende que os investidores precisam ter de qualquer jeito alguma parcela de Bitcoin em suas carteiras.
Em relatório, Renato Eid, Sócio da Itaú Asset e Head de Estratégias Beta e Investimento Responsável no Itaú, destacou a importância das criptos em um bom portfólio.
Segundo ele, em tempos marcados por volatilidade, choques macroeconômicos e incertezas globais, a busca por ativos que ofereçam diversificação e proteção ganha importância. “E é justamente nesse contexto que o Bitcoin assume papel relevante: um ativo distinto da renda fixa, das ações tradicionais ou de mercados domésticos, com dinâmica própria, potencial de retorno e função de proteção cambial”, afirma.
Para Eid, investir em diversificação consistente e assumir uma alocação calibrada em ativos como Bitcoin parece uma estratégia robusta. “A ideia não é transformar criptoativos no núcleo da carteira, mas sim integrá-los como componente complementar — com peso apropriado ao perfil de risco”, avalia o especialista.
Alocação de até 3% em Bitcoin
Diante disso, ele aponta para uma estratégia capaz de capturar retornos não correlacionados com os ciclos domésticos, proteger-se parcialmente contra desvalorização cambial e agregar potencial de valorização no longo prazo. Neste plano, Eid destaca que alocar em torno de 1% a 3% da carteira em Bitcoin resultará nessa diversificação necessária para um bom portfólio.
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No relatório, o especialista recomenda o investimento via ETFs, mas a exposição ao Bitcoin também é possível de diferentes formas, como a compra direta do ativo em corretoras de criptomoedas.
Para Eid, adicionar Bitcoin na carteira “representa uma oportunidade dupla: diversificação internacional + proteção cambial/reserva de valor global”.
Mas ele alerta: “Ao mesmo tempo, exige moderação e disciplina: definir uma fatia estratégica (por exemplo, 1%–3% do portfólio total), manter o horizonte de longo prazo e resistir à tentação de reagir a ruídos de curto prazo”.
“Em um mundo onde ciclos econômicos se encurtam, choques externos aumentam e correlações tradicionais entre ativos podem se romper, o Bitcoin — embora volátil — pode aportar uma classe de ativo com comportamento distinto. Esse caráter híbrido — parte de risco elevado, parte de ‘reserva de valor global’ — torna o ativo um complemento interessante de carteira para quem busca resiliência e oportunidade internacional”, conclui o especialista do Itaú.
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