O Internet Computer (ICP), token da organização sem fins lucrativos Dfinity Foundation, baseada na Suíça, foi lançado na sexta-feira (7). Em menos de quatro dias, o novo ativo digital alçou o posto de 8º maior do mundo, com capitalização de mercado de cerca de US$ 50 bilhões.
Nesse breve período, o token já foi listado nas principais corretoras do mercado, como Coinbase, Binance, Gate.io, Huobi Global e Okex, o que deu um empurrão em seu preço, que chegou perto dos US$ 400 nesta terça-feira (11), segundo o CoinMarketCap.
Apesar de novo, o ICP vem sendo desenvolvido desde 2016 pela Dfinity Foundation, organização que tem o objetivo de construir uma blockchain descentralizada e escalonável em nuvem para armazenar dados e oferecer suporte a aplicativos.
Na prática, o projeto — liderado por um empresário entusiasta do setor de tecnologia chamado Dominic Williams —nasceu com a pretensão de ser uma internet pública e livre das ‘garras’ dos grandes monopólios da tecnologia, como Google, Facebook, Amazon etc. O ICP seria o token dessa rede.
Nela, desenvolvedores podem criar sites, sistemas corporativos de TI, serviços de internet aberta, protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), NFTs etc.
“Esta é uma plataforma completamente nova. Esta é uma plataforma pública, é uma extensão da internet. E, você sabe, eventualmente, estamos perseguindo a singularidade do blockchain ”, disse Williams para o CoinDesk.
Desde que a ideia veio à público, o projeto chamou atenção de grandes players. Em 2017, a Dfinity arrecadou US$ 120 milhões de um grupo de empresas de capital de risco e fundos de hedge, liderado por Andreessen Horowitz e a Polychain Capital.
Mas, apesar de ter objetivos válidos e ter registrado crescimento acelerado, nem todo mundo acha o projeto super inovador.
“Não parece que eles estão fazendo nada de novo. O mercado já amadureceu e produziu aplicativos reais que têm utilidade hoje”, disse David Nage, diretor da Arca Funds – empresa especializada em gestão de ativos digitais – ao Financial Times.