Influencer com 1 milhão de inscritos no Instagram rouba Bitcoin de seguidores

Jay Mazini se declarou culpado por esquema que falsificava recibos na compra de Bitcoin a preços acima do mercado
Influencer Jay Mazini

O influencer Jay Mazini (Reprodução/Instagram)

O influenciador do Instagram Jebara Igbara, de Nova York—que usava o pseudônimo online Jay Mazini—se declarou culpado nesta quinta-feira (3) por uma série de crimes, incluindo roubar US$ 2,5 milhões – mais de R$ 12 milhões – em Bitcoin dos seus seguidores.

Igbara teria postado em seu Instagram e outras contas de mídias sociais que ele estava disposto a pagar preços acima do mercado por várias criptomoedas, geralmente em torno 3,5% a 5% sobre o seu valor de mercado. 

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O influenciador teria justificado o prêmio alegando que as negociações tradicionais de cripto estavam limitando a quantidade de Bitcoin que ele poderia comprar.   

De acordo com o processo judicial, depois de receber a criptomoeda, Igbara enviava às suas vítimas imagens adulteradas de confirmações de transferência bancária que fingiam mostrar que ele havia enviado o dinheiro pela criptomoeda, como prometido. 

Na realidade, o pagamento nunca era enviado.

O golpe do influenciador do Instagram

Até ser acusado e preso em março de 2021, Igbara mantinha uma conta no Instagram, agora extinta, que em um momento chegou a ter um milhão de seguidores, onde ele se mostrava distribuía grandes somas de dinheiro para pessoas em supermercados, bem como para trabalhadores de fast-food.

Em uma de seus posts mais populares nas redes sociais, Igbara entrega mais de US$ 30 mil em dinheiro em um Burger King em Queens, Nova York, ao lado do popular rapper 50 Cent. 

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O roubo de Bitcoin veio como parte de um conjunto mais amplo de esquemas fraudulentos sobrepostos no valor de US$ 8 milhões, onde o acusado supostamente defraudou membros da comunidade muçulmana-americana em Nova York, solicitando seu dinheiro para supostos investimentos em ações, revenda de eletrônicos e compras de equipamentos de Proteção Individual (EPI) relacionados ao COVID-19.  

Na verdade, ele estava operando um esquema Ponzi, segundo o processo judicial, e “desviou quase todo o dinheiro para suas despesas pessoais e jogos de azar”, de acordo com as autoridades. 

Igbara agora pode enfrentar até 20 anos de prisão, dependendo da decisão do Gabinete do Procurador dos EUA do distrito leste de Nova York.

Thomas Fattorusso, o agente especial encarregado da Investigação Criminal da Receita Federal americana, disse que “aqueles no esquema Ponzi receberam uma alta taxa de retorno em um curto período de tempo, enquanto as vítimas do esquema de taxas antecipadas de Bitcoin tinham promessas de receberem valores acima do valor de mercado atual para seu Bitcoin.”

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Ele acrescentou que “este caso multimilionário é um lembrete para quem pensa em investir: seja cético em relação a quaisquer investimentos com promessas irreais de ganhos, porque se parece bom demais para ser verdade, provavelmente é.”

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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