As ofertas iniciais de moeda (ICOs) somaram US$ 6,3 bilhões no primeiro trimestre de 2018. O valor é mais do que foi captado em todo o ano passado. Segundo a CoinDesk, o volume já represente 118% de todas as ofertas de 2017, o que abala a convicção de quem acreditava que essa modalidade de financiamento seria passageira.
Os dados revelam que as ICOs nunca foram tão grandes. Apesar do volume total superar o de 2017, o número de projetos financiados representou apenas 59% do que foi registrado no ano passado. Isso significa que os projetos que se financiam através das ofertas estão cada vez maiores.
Há de se considerar, ainda, a oferta do Telegram. Sozinha, abocanhou US$ 1,7 bilhão. Mesmo se retirada da amostra, as ICOs do primeiro semestre somariam cifra respeitável. Seriam US$ 4,6 bilhões ou 85% do total de 2017. De acordo com a Coindesk, a maioria das ofertas foi de menos US$ 100 milhões – o que mostra um número significativo de projetos dispostos a vender tokens.
O interesse dos investidores crescentes, assim como os olhares da Securities and Exchange Commission (SEC), responsável pela regulação do mercado de capitais americano. A SEC está cada vez mais dura diante das ICOs.
Em dezembro, depois de sinalizar que algumas ofertas deveriam ter sido registradas, o órgão suspendeu a ICO da Munchee – na sua visão, os tokens ofertados eram contratos de investimentos e, por isso, deveriam seguir as regras aplicáveis aos valores mobiliários.
Ao longo deste ano também foi possível perceber o endurecimento da SEC. No início de abril, o regulador acusou os fundadores da Centra de fraude. A ICO teve o apoio do famoso pugilista Floyd Mayweather, arrecadando mais de US$ 30 milhões.
Ainda assim, os números crescentes da ICOs demonstram que os investidores seguem com apetite para as ofertas.
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