Imagem da matéria: Governo dos EUA acusa pirâmide financeira de roubar 22 mil Bitcoins
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A Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC) abriu um processo contra Benjamin Reynolds e a empresa que ele fundou, a Control-Finance Limited.

Segundo o Órgão, que teve apoio da Comissão de Valores Mobiliários da Columbia Britânica, os investimentos oferecidos em bitcoin pelos réus eram, na verdade, uma pirâmide financeira.

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De acordo com a publicação na terça-feira (18), a CFTC acusa os réus de apropriação indevida 22.858,822 bitcoins de mais de 1.000 clientes em 2017, citando a uma “exploração do entusiasmo público pelo Bitcoin ao obter e apropriar-se fraudulentamente”.

O prejuízo deu-se através de um esquema de pirâmide financeira da empresa mediante um bônus de um ‘programa de afiliados’, divulgado constantemente na época em redes sociais.

Geralmente, esse tipo de programa é usado em empresas de Marketing Multinível, mas é também característico de golpes financeiros — eles instigam os clientes a convidarem familiares e amigos para a plataforma e obter mais ganhos.

Na época, o montante valia cerca de US$ 147 milhões (mais de R$ 500 milhões), pois o bitcoin estava em um dos maiores momentos desde a sua criação, circunstância que foi usada por Reynolds e sua equipe para seduzir investidores.

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Pirâmide com bitcoin

A empresa, cuja sede é no Reino Unido, prometia ganhos de até 45% por mês sobre o valor investido, diz o CFTC.

Segundo o artigo, eles convenciam os clientes de que havia um método para proteger os criptoativos que eles chamavam de ‘porto-seguro’, livre de riscos do criptomercado.

No entanto, “os acusados nunca fizeram tais investimentos e nem obtiveram lucros comerciais, apenas se apropriaram dos bitcoins dos clientes”, disse a reguladora. Quando alguém solicitava uma saque, eles realizavam transferências dos fundos de outros clientes, atividade característica de Ponzi.

Para dificultar o rastreamento das criptomoedas, os bitcoins obtidos eram transferidos para uma carteira única e depois distribuídos para outras carteiras em exchanges de vários países na América, Europa e Ásia, relatou a reguladora.

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Pena e proibição

No inquérito, protocolado no Tribunal Distrital de Nova York, a CFTC sugere várias penalidades aos acusados mediante crimes e violações das leis federais de commodities.

Pede também que os réus sejam proibidos de oferecer qualquer tipo investimento financeiro.

“A CFTC continuará a vigiar fortemente os mercados de Bitcoins, incluindo a atividade de negociação fraudulenta”, disse James McDonald, Diretor de Fiscalização da Autarquia.

Ele acrescentou:

“A fraude nesses mercados não só prejudica os clientes, mas, se não for controlada, também poderá prejudicar a inovação. Mais uma vez, aconselhamos as pessoas que queiram negociar criptomoedas que tenham cuidado apropriado antes de comprar ou negociar”.


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