Google Brasil diz que Banirá Anúncios de Bitcoin e Criptomoedas até Final do Mês

Busca do Google considera definição da Wikipédia que chama Bitcoin de bolha

(Foto: Pixabay)

O Google vai proibir os anúncios de criptomoedas até o final no mês dentro do mercado brasileiro. A empresa disse ao Portal do Bitcoin, por meio de sua assessoria de imprensa, que está “trabalhando para implementar a política até o final de junho”.

A mudança no sistema de ‘ads’ estava marcada para começar neste mês, contudo, as propagandas das palavras-chave no buscador e nas propagandas irritantes do Youtube prosseguiram. 

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Em março, a companhia anunciou que mudaria as regras para impedir publicidade de contratos por diferença (CFD), forex spot, apostas de spread financeiro e conteúdos relacionados a criptomoedas.

 A atualização da política de serviços financeiros do Google prevê a restrição de anúncios de criptomoedas e opções binárias nas aplicações da empresa, como nos sites cadastrados no navegador e no YouTube. 

Dessa forma, publicidade como ofertas iniciais de moeda (ICO) e de trocas de moedas serão retiradas dos sites da companhia. A empresa só permitirá anúncios de empresas certificadas.

Só que para obter a certificação, as atividades relacionadas precisam estar legalizadas nos países de origem ou nos países para os quais são direcionadas as propagandas. Assim, anúncio de bitcoins e outros ativos não serão permitidos em nenhum lugar do mundo.

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Algumas alternativas de produtos financeiros que envolvam especulação serão permitidas em alguns países, mas elas também precisam passar pelo processo de certificação do Google. A lista está aqui.

Google seguiu o Facebook

Em janeiro, o Facebook fez o mesmo, com a justificativa de que os anúncios são frequentemente associados com “práticas enganosas ou desonestas”. Outras plataformas como Reedit, Snapchat e Twitter também já adotaram a prática.  

A onda de restrição foi resultado do crescimento de ICOs falsas cujo objetivo era roubar dinheiro de investidores. Segundo um relatório publicado no mês passado pelo Wall Street Journal, 21% de ICOs (direcionadas à língua inglesa) são scam. De 1.450 ofertas analisadas, 271 foram sinalizadas como possíveis fraudes, um total de US$ 1,1 bilhão.

Para se defenderem de internautas desavisados, as companhias de tecnologia que detêm o maior tráfego de dados do mundo optaram pela prevenção. O problema é que, ao impedir na totalidade qualquer tipo de publicidade relacionada a criptomoedas, os gigantes impedem que startups de blockchain bem-intencionadas adentrem no maior espaço de publicidade do mundo.

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Facebook e Google juntos controlam mais da metade dos anúncios digitais nos Estados Unidos. A estimativa da eMarketer é que, juntas, obtenham uma receita de mais de US$ 133 milhões em publicidade em 2018.

Possível origem das proibições

Segundo noticiado no site News Sky, Facebook e Google proibiram os anúncios após um estudo britânico que identificou um aumento de 400 mil por cento de vítimas enganadas na Grã-Bretanha nos últimos seis anos através de propaganda fraudulenta nas redes sociais.

No início deste mês, Mark Carney, presidente do Banco da Inglaterra, alertou o mesmo site que as criptomoedas enfrentavam uma repressão regulatória. Ele disse que chegou o momento de “regular elementos do ecossistema criptográfico para combater atividades ilícitas”.

 

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