Os fundos de investimento baseados em criptomoedas do Brasil captaram US$ 234 milhões (aproximadamente R$ 1,4 bilhão) ao longo de 2024. Com essa captação, os ativos sob gestão (AuM) dos fundos cripto brasileiros alcançaram US$ 1,427 bilhão (cerca de R$ 8,7 bilhões), conforme dados divulgados nesta segunda-feira (6) pela equipe de Research da CoinShares.
Com esse desempenho, o Brasil se consolidou como o terceiro país no mundo em investimentos em fundos de criptomoedas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que captaram US$ 44,4 bilhões em 2024, e da Suíça, com US$ 630 milhões.
No total, os produtos de investimento em ativos digitais ao redor do mundo registraram entradas de US$ 44 bilhões em 2024, quase quatro vezes mais que o recorde anterior estabelecido em 2021, que registrou US$ 10,5 bilhões em captações.
“Esse marco foi impulsionado pela entrada dos ETFs à vista nos EUA, que representaram 100% das entradas, somando US$ 44,4 bilhões. Embora outros países tenham registrado entradas, como a Suíça com US$ 630 milhões, essas foram compensadas por grandes saídas do Canadá e da Suécia, de US$ 707 milhões e US$ 682 milhões, respectivamente, à medida que os investidores migraram para produtos baseados nos EUA e, em alguns casos, realizaram lucros”, explica James Butterfill, analista da CoinShares.
Como esperado, o Bitcoin foi a grande estrela do ano, com entradas de US$ 38 bilhões em seus produtos, representando 29% do total de ativos sob gestão dos fundos de ativos digitais.
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O Ethereum teve uma recuperação no final de 2024, elevando as entradas no ano para US$ 4,8 bilhões (26% do AuM), 2,4 vezes o total registrado em 2021 e 60 vezes as entradas de 2023.
Em terceiro lugar aparece a Solana, que registrou entradas de US$ 69 milhões, representando apenas 4% do AuM. As altcoins (excluindo Ethereum) registraram entradas de US$ 813 milhões em 2024, representando apenas 18% do AuM.
Olhando para 2025, os fundos de criptomoedas tiveram um bom início de ano, captando US$ 585 milhões nos primeiros três dias de 2025. No entanto, considerando a semana completa, que inclui os dois últimos dias de negociação de 2024, houve saídas líquidas totalizando US$ 75 milhões.
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