Logo da ftx, dólares e bitcoin
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Na noite de segunda-feira (27), o braço americano da exchange FTX, do bilionário Sam Bankman-Fried, ganhou a disputa para comprar a Voyager Digital, plataforma de investimento em criptomoedas que entrou com pedido de recuperação judicial seguindo o Capítulo 11 da lei americana em julho.

De acordo com anúncio feito pela plataforma, a Voyager aceitou a oferta de US$ 1,4 bilhão – mais de R$ 7 bilhões – da corretora para ser comprada e, com isso, deixou para trás a Binance e a Wave Financial na corrida para comprar os ativos. 

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“A Voyager recebeu vários lances contemplando alternativas de venda e reorganização, realizou um leilão e, com base nos resultados do processo, determinou que a transação de venda com a FTX é a melhor alternativa para as partes interessadas da Voyager”, diz o anúncio.

Para dar início ao processo de recuperação após o pedido de falência, a empresa abriu uma licitação para que as empresas comprassem a Voyager Digital, dizendo no Twitter no início de setembro que “várias oferta foram apresentadas como parte do processo de reestruturação da empresa”.

Voyager congela ativos de clientes

O leilão é apenas o acontecimento mais recente de uma longa e sinuosa estrada dessa empresa controversa.

Em julho de 2022, os ativos dos usuários foram congelados pela primeira vez e as negociações foram interrompidas, com a Voyager citando as “condições de mercado” da época. Um pouco depois, em agosto, US$ 270 milhões foram liberados para retiradas dos usuários, como parte do pedido de falência da empresa.  

A Voyager afirmou: “os resultados do leilão não alteram a data de recebimento dos valores por parte dos clientes, nem a necessidade deles determinarem se apresentam ou não uma reclamação” e que os clientes ainda devem apresentar um pedido para recuperar suas criptomoedas até 3 de outubro.

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Voyager e a longa lista de empresas em dificuldades

A Voyager Digital não é a única exchange de criptoativos que enfrenta problemas de liquidez em meio à última baixa de mercado.

A credora de criptoativos Celsius, que tem mostrado indícios de insolvência desde 2019, também entrou com pedido de falência do tipo Capítulo 11 em julho, alegando que devia US$ 5,5 bilhões a credores e clientes, mas o valor era US$ 1,2 bi menor. 

Sob alegações de “gestão fraudulenta”, o juiz americano, Martin Glenn, nomeou um examinador independente para investigar mais a fundo a Celsius e suas finanças. 

Outra credora cripto com sede em Cingapura, Hodlnaut, também solicitou e teve aprovação de um processo de gestão judicial para evitar uma liquidação total. A medida também permite que a empresa organize seu plano de reestruturação, o que impossibilita uma retirada imeadiata das criptomoedas por parte dos clientes. 

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A Hodlnaut disse que “essas ações foram tomadas pensando nos interesses de nossos usuários”, de acordo com um anúncio feito em agosto.

* Traduzido com autorização do Decrypt.co.

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