FTX recupera US$ 7,3 bilhões em ativos e fala em reabrir operação; token nativo sobe mais de 100%

Advogados da corretora falida diz que empresa poderia voltar no segundo semestre, mas admite que valor recuperado ainda está longe do necessário
Foguete decolando entre nuvens

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Advogados do escritório Sullivan & Cromwell, que representam a falida corretora FTX no processo de recuperação judicial, nos EUA, disseram em uma audiência nesta quarta-feira (12) que a empresa de criptomoedas pode voltar a funcionar já no segundo semestre deste ano.

Com a notícia, o FTX token nativo da exchange, o FTT, teve uma valorização de mais de 100% em poucas horas.

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Junto com a notícia que animou os investidores do FTT, vieram também os números sobre o processo de recuperação judicial. Segundo informações revelados pelo site Coindesk, os advogados da FTX também disseram ao tribunal que recuperaram US$ 7,3 bilhões em ativos. Para se ter uma ideia, em janeiro deste ano, esse número era de US$ 1,9 bilhão.

Mesmo assim, disseram os advogados, a FTX ainda está longe do capital ideal para poder pagar os clientes que tiveram o dinheiro bloqueado e voltar a operar.

Token da FTX dispara

De acordo com dados da plataforma Coinmarketcap, por volta das 14h00, o preço do token FTT ultrapassou a casa de US$ 2,60 — ante aos US$ 1,32 registrados nas horas anteriores. Em alguns momentos, a valorização ficou acima de 100%. No momento da produção desta repritagem, o FTT é negociado em US$ 2,55.

Colapso da FTX

A FTX entrou em colapso em novembro do ano passado depois que uma corrida de saques devido a uma queda acentuada no FTT. Posteriormente, isso provocou uma série de falências do mercado cripto.

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Sam Bankman-Fried, criador da empresa, que foi preso logo em seguida, em dezembro, se declarou inocente das acusações de lavagem de dinheiro e conspiração. Em resumo, a FTX usava os fundos dos clientes para fazer outros investimentos; uns mal sucedidos, outros ainda sob investigação.

Em fevereiro, Bankman-Fried também foi alvo de acusações adicionais que decorrem de doações de campanha supostamente ilegais. O seu julgamento criminal está marcado para outubro deste ano.

Atualmente o ex-empresário cumpre prisão domiciliar na Califórnia.