O euro foi a moeda mais usada para pagamentos globais no mês passado, tirando a liderança do dólar que perdurava desde 2013. Até então, a moeda americana encabeçava a lista das moedas mais usadas em pagamentos transfronteiriços, de acordo com a Swift, sistema que integra bancos de diversos países.
Segundo o Bloomberg, o Swift revelou que na lista de moedas mais usadas nas transações globais, depois do euro e dólar vêm a libra esterlina e o iene japonês. O dólar canadense, informou a entidade, ultrapassou o yuan da China e ficou na quinta posição.
O motivo da queda do dólar diante do euro no quesito de pagamentos internacionais pode ter ocorrido devido a turbulências no comércio, induzidas pela pandemia de coronavírus, diz o artigo.
Outro ponto, comentou a Bloomberg, é que a liderança do dólar pode ter sido abalada devido a desarmonias no campo político, o que pode ter motivado uma pressão para reduzir a parcela dos pagamentos internacionais na moeda americana.
Segundo o jornal, a moeda americana enfraqueceu mais de 11% desde o pico de março e muitos observadores estão prevendo que cairá ainda mais.
Contudo, a moeda americana continua sendo a principal em financiamento, com cerca de metade de todos os empréstimos internacionais e títulos de dívida atrelados a ela, segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS), em relatório de julho.
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Na ocasião, a entidade disse que cerca de 85% de todas as transações de câmbio são atreladas ao dólar, o que representa 61% das reservas oficiais de câmbio. Acrescentou, ainda, que cerca de metade do comércio internacional é faturado na moeda americana.
Dólar no Brasil
Foi também no mês de outubro que o Banco Central do Brasil registrou o US$ 293 milhões em remessas de dólares para o país.
Com a alta da moeda americana em relação ao real, as remessas de brasileiros que vivem no exterior para familiares têm batido recordes.
Por outro lado, a alta do dólar desestimula o envio de recursos do Brasil para o exterior.
Em setembro, essas transferências chegaram a US$ 128 milhões, queda de 18,9% na comparação com o mesmo mês de 2019.