Imagem da matéria: Para ex-FED, EUA Deveriam Pensar em Criar “Rival” do Bitcoin
Prédio da Banco Central dos Estados Unidos (Foto: Wikimedia Commons)

Um ex-diretor do FED, o banco central nos Estados Unidos (EUA), acredita que o órgão deveria apoiar a criação de uma criptomoeda para rivalizar com o Bitcoin. A afirmação é de Kevin Warsh, um alto executivo da instituição entre 2006 e 2011, em entrevista ao jornal The New York Times.

“A maioria dos bancos centrais acredita que esses ativos criptográficos são inteligentes, assim como jovens o fizeram, e isso é legal ou arriscado”, disse.

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Warsh foi cotado para assumir o FED em 2017, quando o presidente Donald Trump escolheu nomear Jerome Powell. Caso tivesse assumido ao cargo, ele disse que criaria uma equipe para pensar em um “FedCoin”.

O ex-chefe disse também ao NYT que um “bitcoin do Fed” seria uma forma de o banco ter possibilidade de regular moedas digitais e gerenciar crises.

“Não que isso suplantasse e substituísse o dinheiro, mas seria uma maneira bastante eficaz quando a próxima crise acontecer para nós talvez conduzirmos a política monetária”.

Ele acrescenta que a tecnologia blockchain poderia ser útil em sistema de pagamento operados pelo FED, como os que permitem transferências de trilhões de dólares entre bancos.

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O interesse de Warsh em criptomoedas não é por acaso. Segundo reportou o portal CCN, ele também está entre o grupo de investidores da Basis, uma criptomoeda criada com um banco central algorítmico que vai manter seu preço estável. Ele também é pesquisador visitante na Hoover Institution, da Universidade de Stanford.

Tendência?

A ideia de Warsh pode ainda ser isolada, mas já há autoridades em outros bancos centrais estudando formas de entrar no jogo das criptomoedas, mesmo com grandes ressalvas. Entre eles estão a MAS (sigla para Autoridade Monetária de Cingapura) e o Bank of England.

O próprio Powell, atual chefe do FED, reconhece potenciais aplicações das moedas digitais, embora mantenha ressalvas, como reportou a CNBC em novembro de 2017, quando foi confirmado no cargo.

“Não tenho nada contra o Bitcoin. Geralmente observamos alguns dos riscos das criptomoedas associadas à lavagem de dinheiro e problemas desse tipo, mas não somos amplamente contrários ou apoiadores de moedas alternativas”.

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