O criador da Ethereum (ETH), Vitalik Buterin, marcou posição contra a decisão da Rússia de invadir a Ucrânia. A guerra começou nesta quinta-feira (24) com intensos bombardeios em diversas cidades, inclusive na capital Kiev. Buterin, que nasceu na Rússia e emigrou para o Canadá, classificou a ação como um “crime” e ressaltou: “O Ethereum é neutro, mas eu não”.
“Muito chateado com a decisão de Putin de abandonar a possibilidade de uma solução pacífica para a disputa com a Ucrânia e ir para a guerra. Este é um crime contra o povo ucraniano e russo. Quero desejar segurança a todos, embora saiba que não haverá segurança. Glória à Ucrânia”, disse Buterin por meio de seu Twitter.
Ethereum é uma das criptomoedas mais afetadas pelo conflito: registra queda de 12,5% no momento, sendo vendido a US$ 2.385, conforme dados do CoinGecko.
Rússia invade Ucrânia
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia atingiu em cheio os ativos de risco e o mercado de criptomoedas. O Bitcoin (BTC) opera em baixa de 8,3%, cotado a US$ 34.913,50 nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinGecko.
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou o início de uma “operação militar especial” na Ucrânia nesta quinta-feira, após meses de especulação sobre as intenções do governo russo enquanto enviava dezenas de milhares de soldados à fronteira ucraniana. Em discurso televisionado transmitido nesta manhã, Putin disse que seu objetivo era “desmilitarizar”, mas não ocupar o país, segundo o New York Times.
Várias cidades ucranianas estavam sob ataque nesta quinta-feira (24). O presidente dos EUA, Joe Biden, condenou as ações de Putin e disse que falará à nação americana hoje.
O mercado cripto registrou mais de US$ 242 milhões em liquidações nas primeiras horas de negociação na Ásia em reação ao ataque à Ucrânia, mostram dados do CoinDesk. Os futuros atrelados ao Bitcoin somaram US$ 72 milhões em liquidações, seguidas de US$ 70 milhões do Ethereum.
A escalada da Rússia vai resultar em “mais movimentos de fuga do risco para ativos de refúgio, considerando que a situação permanecerá volátil com medidas de retaliação das potências ocidentais”, disse à Bloomberg Jun Rong Yeap, estrategista da IG Asia Pte, acrescentando que o cenário atual deve pressionar ainda mais a inflação.