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Entrevista: Rodolfo Riechert, o banqueiro que estendeu a mão ao mercado de criptomoedas

Executivo comentou sobre o futuro do Bitcoin, a relação Itaú e Mercado Bitcoin e outros temas do mercado brasileiro

por Cláudio Goldberg Rabin
18 abr, 2021 16:03 - Atualizado em 19 abr, 2021 11:40
Rodolfo Riechert

CEO do Genial, Rodolfo Riechert (Foto: Divulgação)

Quando os maiores bancos estavam fechando as contas das corretoras brasileiras de criptomoedas em 2018 houve um momento no qual a própria continuidade do negócio começou a ficar em risco. Foi nesse período que o banco Plural (atualmente banco Genial) lançou uma boia da salvação e se tornou uma espécie de porto seguro para as exchanges.

Por trás da estratégia, estava o banqueiro Rodolfo Riechert, hoje CEO da Genial Investimentos, negócio do qual o banco faz parte. Em entrevista exclusiva ao Portal do Bitcoin, o empresário contou como conheceu as criptomoedas, suas tentativas e fracassos com projetos na área.



Com um jeito despachado, sem uma linguagem gravata-apertada comum a executivos, Riechert também comentou sobre como vem buscando um protagonismo na criação de produtos financeiros na área, como os ETFs. No dia 29, a empresa promoverá um seminário online sobre o tema.

Confira abaixo a entrevista completa:

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Quando você ouviu falar de bitcoin pela primeira vez e qual foi a sua reação? E qual foi a mudança? 
Rodolfo Riechert — Eu ouvi falar do bitcoin mais ou menos em 2015/2016, quando um amigo começou a falar em cripto, dizendo que era interessante, que conhecia um cara e tal. Eu era megacético. Achei que ia destruir o cara em dois minutos, mas ele me destruiu em cinco. E comecei a aprender um pouco desse mundo e achei que o negócio realmente tinha grandes chances de se tornar um tema dominante. Em 2018, a gente fez o investimento na FlowBTC, quando a gente comprou o direito de ter 18% da empresa. Na mesma época eu fui num seminário em Nova York e saí de lá convicto que o bitcoin ia a US$ 100 mil. Cheguei no Brasil achando que era o futuro, até tentamos tokenizar uma mina de ouro no Brasil. A maior dificuldade que a gente tinha era exatamente como oferecer esse tipo de ativo.

Quando a maior parte dos bancos estava fechando as contas das corretoras brasileiras, o Plural lançou uma boia de salvação. Por quê?
O mercado financeiro é bastante tradicional — um mercado de gente de terno, sisudo, velho. Há também a questão da lavagem de dinheiro, que é a maior preocupação que eles têm. Existia a Lava Jato, que fazia com que você tivesse uma restrição desta movimentação de dinheiro e não fosse declarado, e aí surge um novo modelo onde de certa forma era aquela ação ao portador né. Você tinha uma chave E com esta chave, se caso você não quisesse declarar, você poderia movimentar grandes somas sem ter a fiscalização correta ou a origem. Eu acho que isso afugentou os bancos. 



O Plural assumiu um protagonismo no mercado de criptomoedas entre os bancos já em 2018. Por que a decisão?  
O racional foi porque a gente entende um pouco mais do que o resto que olhou com o olho torto — como eu estava olhando antes de fazer o investimento na FlowBTC. Então eles passaram a ver como um negócio pequeno, muito sujeito a ser hackeado, lavagem de dinheiro. ‘Por que eu vou me meter no troço desse?’, devia pensar. Não fazia muito sentido; parecia que era um mercado que não iria ter futuro. A gente começou a entender quem era ou não sério, visitando os caras, vendo quem estava por trás e tudo. Vimos como uma oportunidade de negócios e até cortamos as contas de algumas empresas. Com quem a gente achava que era bom, a gente manteve a conta e fizemos a aposta. Essa aposta se mostrou muito vencedora porque ela é relativamente uma operação muito rentável aqui dentro do banco — os outros bancos piravam.

Como você foi visto pelo mercado? 
Você entra num mercado desses e as pessoas ficam olhando o que vocês estão fazendo. A XP também tentou entrar nesse mercado e fechou [a XDEX]. O BTG também chegou a tentar fazer mas ficou um negócio pequeno. Nenhum deles realmente se dedicou. O Banco Central vinha aqui e enchia o saco, porque queria entender esse negócio. A gente foi mostrando o que estava fazendo, os controles tínhamos e eles foram entendendo. O BC nunca foi negativo em relação a criptos e são até bem favoráveis, pois acham que inovação é importante. O problema é que quando eles vêm em delegação de dez caras, por exemplo, cada um acha uma coisa. É natural, por ser um pessoal mais conservador, que eles tenham um pouco de restrição.

Eu estava na palestra onde o ex-presidente do BC Ilan Goldfajn recuou sobre achar o bitcoin uma pirâmide.
É muito doido para quem é mais da velha guarda entender como é que funciona e porque na verdade pode ser uma ativo. Talvez até mais poderoso que outros ativos. Acho que o maior problema dos bitcoins é a gente ter chamado de ‘coin’. Se a gente tivesse chamado de ‘asset’, não teria problema… Ficaram tentando criar uma referência como se fosse uma moeda.

O Genial tem intenção de negociar criptomoedas diretamente ou só através de fundos e ETFs? 
Hoje o Genial tem parte do Mercado Bitcoin e da FlowBtc. Qual é o racional? Vender produtos do banco para o usuário da exchange, ser um agente de tokenização e vender por esses canais ou é trazer clientes da corretoras para o Plural? O mercado financeiro é old school, mas a gente já meteu o pé no negócio em 2018. Quando a gente foi se aprofundando surgiu a oportunidade de investir no Mercado Bitcoin. Eu falava no ano passado que a operação deles era muito robusta e que eles teriam que estar preparados para uma IPO. Acho que vai ser um bom negócio.



Hoje um dos problemas em cripto é a questão da custódia. Então as pessoas têm medo de investir no negócio, ou de esquecerem a senha ou ser hackeadas e sumir. Tanto que a gente tem um projeto junto com o Mercado Bitcoin de criar a parte de custódia para o investidor institucional. A beleza desse negócio é você trazer mais investidores de diferentes correntes para dentro do mesmo universo. Esse é o objetivo.

E sobre os ETFs?
A gente está fazendo o ETF da Hashdex aqui no Brasil. Nós somos o coordenador líder, o banco que faz a administração. Você vai poder investir em cripto através de um instrumento de Bolsa. A gente está conversando com a CVM e a B3. E nós somos também o administrador deste fundo, porque é um fundo que investe em um fundo lá fora.

Você parece bastante otimista com o futuro Bitcoin…
Qualquer ativo no mundo você tem volatilidade. O que eu vejo hoje: tem muito mais gente que não tem querendo ter esse negócio ou querendo experimentar. Além disso, você tem um público institucional que ainda não teve porta de entrada. E o ativo é finito, então na teoria tem um pressão compradora existente. Enquanto existir a confiança de que esse ativo vale alguma coisa e as pessoas estão dispostas a trocá-lo por um determinado preço, esse negócio vai valer por um bom tempo. A pressão é para ir nessa direção. O bitcoin vai ser a moeda de transação internacional. O mundo vai estar referenciado a isso, não ao dólar. Isso que vai acontecer.

A tentativa de regulação não pode criar problemas?
A regulação para esse mercado não está escrita ainda. Não é da mesma forma como foi feita nos outros meios de ativos ou meios de pagamentos. Então se a gente quiser regular o bitcoin como a gente regula hoje moeda, transferências, a gente tá ferrado — porque não vai funcionar dessa forma. Vão ter que ser criadas, talvez, regras de conduta, não a regulação. Se o dinheiro da Argentina está querendo ir embora da Argentina o problema não é do bitcoin, o problema é do governo. Ele é que tem que arrumar a economia e fazer com que as pessoas queiram deixar o seu dinheiro em pesos lá, e não o contrário. O que é legal na inovação é que ela tem que estar sempre na frente do regulador. Essa coisa do governo dizer o que você deve fazer com o seu dinheiro é uma maluquice.

O Itaú vai se arrepender de ter fechado a conta do Mercado Bitcoin?
O Itaú já está reabrindo a conta do MB, assim como o Santander e a outra turma… Porque agora eles estão lá dizendo que cripto é a maior maravilha do mundo, e que eles vão vender isso aí como o negócio mais poderoso do mundo… Eu estou te falando, esse IPO do Mercado Bitcoin quando e se ocorrer vai ser a coisa mais sensacional que vai acontecer no mercado; todo mundo vai querer entender o que é isso. Isso vai ser um momento muito importante para o mercado de cripto aqui no Brasil. Até porque, só pra te dar um spoiler, o bitcoin vai ser só 25% no final do ano, a receita oriunda disso daí, de negociação, de comissão do Mercado Bitcoin; 75% é outra coisa já.



Como se faz a análise de risco de um cliente que fica mandando 5 milhões de dólares pra fora todo dia? o que ele faz com o dinheiro? pra quem vende o btc? Já falaram com o banco central sobre essa operação?
Não é todo mundo que manda 5 milhões para fora todo dia. E outra coisa é o seguinte, a gente, para fazer essa parte de câmbio, o cara tem que comprovar financeiro para fazer isso. E tem os registros de operações financeiras que a gente dá a maior atenção. Já veio malandro aqui. E já veio o cara sério que está operando e aproveitando a oportunidade que o mercado oferece.

Você tem bitcoin?
Tenho, lógico. Sempre tive — o negócio subia e caía. Mas vou te falar que eu não tenho muito não, tenho a devida exposição. E mais que isso né; juridicamente eu também tenho exposição a gente está comprado na FlowBTC, Mercado Bitcoin. Se eu perguntar aqui, deve ter mais ou menos uns 10% da empresa que tem. Acho que com a Hasdex vai para uns 40%, 50%.

*Colaborou Wagner Riggs



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