Imagem da matéria: Entrevista com Daniel, COO da BitcoinTrade

O Portal do Bitcoin começa hoje uma série de entrevistas que terá a presença de diversas pessoas importantes do mercado brasileiro de criptomoedas e até algumas pessoas de outros países.

Para começar, convidamos o Daniel Coquiere, COO da BitcoinTrade, uma nova corretora de bitcoin brasileira que começou a funcionar no final de outubro e já está brigando com as grandes.

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1- Olá Daniel, conta um pouco da sua história; Como conheceu o Bitcoin e porque resolveu começar nesse mercado? O que te motivou a criar uma exchange?

Daniel: Sempre mexi na área de tecnologia, tive outras empresas de tecnologia e startups no passado. Um amigo me apresentou o Bitcoin esse ano, confesso que não estava acompanhando muito essa tecnologia, fiquei obviamente fascinado. Conversei com meu sócio Carlos André Montenegro sobre o Bitcoin e achamos fantástico e muito disruptivo tudo o que estava sendo construído no ecossistema de criptomoedas. Nós vimos algumas deficiências nas corretoras que existiam no momento e vimos uma oportunidade de criar a nossa. Em Maio de 2017, decidimos começar a desenvolver nossa própria corretora com alguns diferenciais de mercado para nos destacarmos das demais corretoras. A ideia da Bitcoin Trade surgiu porque fomos apresentados à moeda como qualquer investidor e vimos oportunidades no mercado e, como empreendedor da área de tecnologia, resolvi investir. Junto com o Carlos e mais dois sócios estratégicos, Jorn Filho, o CTO e o Fábio Santos que cuida de toda nossa infraestrutura de segurança.

2- A BitcoinTrade começou a funcionar no final de outubro e atualmente já é uma das maiores do Brasil, inclusive na frente de algumas que já funcionam há anos. Por que você acha que conseguiram isso tão rápido? Qual o diferencial de vocês?

Daniel: A gente cresceu muito rápido e vem crescendo ainda mais porque a gente veio com uma proposta diferente do que o mercado oferecia, Fizemos uma plataforma mais robusta, sempre tivemos uma abordagem mais profissional, nós respeitamos muito nossos concorrentes, mas eles foram engolidos pelo alto crescimento da moeda e da demanda, a gente já tentou nascer preparado para esse crescimento. Temos alguns diferenciais como o PCI Compliance, que é uma certificação de segurança que entrega muita credibilidade à plataforma e traz tranquilidade ao cliente, somos a única Exchange na América Latina a aceitar cartão de crédito, um diferencial que foi proporcionado pelo PCI Compliance, desenvolvemos alguns softwares para automatizar ao máximo o depósito e os saques e trazer velocidade para nossos clientes, o que é fundamental para nossos sucesso. Tudo isso, comparado ao mercado e a necessidade iminente de uma nova corretora forte, até por questão de concorrência, nos ajudou a crescer muito. Além disso, já tivemos algumas provas de fogo, no final de 2017 tivemos mais de 500 Bitcoins sendo negociados na plataforma e ela funcionou perfeitamente. Isso mostra que estamos no caminho certo e ainda temos muito a crescer.

3- Que dica você daria para uma pessoa que ouviu falar sobre Bitcoin hoje pela primeira vez?

Daniel: Antes de sair investindo, antes de ir na onda de que ‘’ O Bitcoin só valoriza’’, que ‘’você vai ficar rico’’, por mais leigo que a pessoa seja em tecnologia, leia, procure entende o que é o Bitcoin; o que é uma criptomoeda, como ela funciona, ver o histórico da moeda, como ela valoriza e desvaloriza, tentar entender um pouco melhor antes de colocar qualquer investimento dentro da moeda e colocar um dinheiro que você pode perder, que você não precise a curto prazo, acima de tudo, procurar entender, não ir pela onda de que só valoriza, até porque não é verdade. Sabemos disso. Antes de colocar qualquer dinheiro. Procure ler, tem sites especializados como o Portal do Bitcoin e tantos outros, se você sabe inglês, procure ler sites americanos também. Procure entender o que está acontecendo antes de colocar qualquer valor.

4- Qual a sua opinião pessoal sobre as altcoins? Você acha que alguma poderá bater o bitcoin no futuro?

Daniel: Existem projetos e moedas interessantes, tem muitas ali que não fazem sentido ou são uma cópia. Tem algumas no meio de tantas que estão sendo lançadas que possam fazer sentido e ganhar espaço no mercado, não digo substituir o Bitcoin, mas serem relevantes. É bom ficar atento porque tem projetos interessantes, principalmente ali no Top 10, algumas dessas moedas trazem alguma coisa que faça sentido, uma nova tecnologia ou uma proposta totalmente diferente do Bitcoin.

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5- No momento vocês só trabalham com Bitcoin, pretendem adicionar alguma altcoin no futuro?

Daniel: Sim, a gente pretende! Queremos lançar até o final de Fevereiro o Ethereum e temos no Roadmap lançar também Litecoin e outras moedas a medida que a plataforma for ganhando mais liquidez.

6- Quais são os planos da Bitcoin Trade para 2018?

Daniel: Estamos focados em liberar a API de negociações em Janeiro, iremos adicionar mais moedas na plataforma no primeiro trimestre, uma série de melhorias na parte de mercado como stop-loss, iremos aprimorar os relatórios, vamos lançar um dashboard, implementar gráficos. Tem muita coisa para vir, a plataforma tem só 3 meses de vida, então a gente está só no começo!

7- Como você enxerga o mercado de bitcoin e das criptomoedas em geral para esse ano? E para daqui uns cinco anos?

Daniel: Eu acredito que o mercado vai continuar crescendo em questão de valor de mercado, de dinheiro entrando. É um mercado muito novo, tem muito investidor pra entrar, tem muito fundo institucional para entrar, isso vai ser muito positivo – Não digo nem em relação a valorização, quanto vai custar um Bitcoin ou as altcoins no futuro, o mercado vai se profissionalizar cada vez mais e o mercado tende a crescer.

8- Ultimamente tem-se ouvido falar sobre a regulamentação do mercado de criptomoedas. O que você pensa sobre isso? Acha que isso pode impulsionar o mercado ou atrasar? Acha que irá atrapalhar o funcionamento das Exchanges?

Daniel: Estamos acompanhando esse assunto. A Bitcoin Trade é super a favor de uma regulamentação do mercado, mas uma regulamentação que dê proteção aos consumidores e às corretoras, que ajude a profissionalizar e crescer o mercado. Não uma regulamentação que proíba, que bloqueie o crescimento da tecnologia. Queremos uma regulamentação que proteja o mercado como um todo e que faça com que ele cresça. É isso que a gente acredita.

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9- Bancos e bolsas do mundo inteiro estão abrindo as portas para o Bitcoin. Você acredita que isso acontecerá no brasil no curto prazo?

Daniel: Sem dúvidas. Eu acredito sim, ainda mais após uma regulamentação feita da maneira mais correta possível no sentido de proteger todos que estão envolvidas com esse novo mercado, eu acho que os bancos, que as corretoras tradicionais, que o mercado financeiro vão olhar com mais atenção e de uma forma ou outra, utilizar a tecnologia de criptomoedas dentro de seu mercado atual.

10- Essa é uma pergunta que todo usuário quer saber: Quando teremos uma exchange no Brasil que não aplique taxa de saque para dinheiro fiat? Nós sabemos que o volume no Brasil não é tão grande, mas as taxas não são um pouco exageradas? Você tem algum plano para retirar as taxas de saque?

Daniel: Temos planos de reduzir as taxas de corretagem ainda em Janeiro. A taxa de saque é uma taxa que hoje não temos previsão de retirada da plataforma. Iremos alterar a taxa de Maker e Taker, o maker vai pagar menos corretagem do que o taker, deve entrar até o final de Janeiro.

11- Deixa o seu palpite para o valor do Bitcoin no final de 2018.

Daniel: Sobre o preço do Bitcoin, é difícil de falar, eu acredito que ele vá continuar subindo esse ano, mas não gostaria de chutar um valor. Vai continuar valorizando, ter suas correções, suas quedas, mas acredito que vai fechar 2018 com um valor maior do que fechou 2017.

E ai, o que acharam da entrevista? Deixe nos comentários quem vocês querem ver aqui no Portal do Bitcoin e nós iremos trazer.

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