Não desperdice energia. Essa é a ideia por trás da Crusoe Energy Systems, que converte gás natural que seria desperdiçado em energia para a mineração de Bitcoin.
A empresa norte-americana anunciou nesta sexta-feira (22) que levantou US$ 350 milhões em uma rodada da Série C liderada pela G2 Venture Partners. A rodada também trouxe de volta investidores de rodadas anteriores – entre eles, Polychain Capital, Bain Capital Ventures e Winklevoss Capital.
Além do patrimônio da Série C que a Crusoe levantou, a empresa garantiu até US$ 155 milhões em crédito da SVB Capital, Sparkfund e Generate Capital, dando-lhe um total de US$ 505 milhões.
Crusoe diz que o financiamento permitirá contratar quase 100 funcionários adicionais para se juntar à sua equipe de 157 pessoas, enquanto ajuda a expandir suas operações de mineração de Bitcoin e computação em nuvem nos EUA e no exterior.
A chave para a estratégia de Crusoe é seu sistema de “Digital Flare Mitigation”, que a empresa diz que “fornece uma solução de baixo custo para eliminar a queima dos resíduos”.
Flaring é a prática de queimar gás natural que não pode ser facilmente movido ou capturado. Embora seja um uso ineficiente de recursos, do ponto de vista das empresas de gás, é muito mais econômico do que tentar realmente utilizar o gás.
Crusoe ajudou a criar o processo de usar esse excesso de gás natural para criar eletricidade e alimentar máquinas de mineração de Bitcoin posicionadas no local. Dessa forma, o gás não é queimado e não precisa ser movido para outro lugar.
O Bitcoin foi criticado por ambientalistas por suas ineficiências – os mineradores são incentivados a usar máquinas famintas de eletricidade que estressam as redes que ainda dependem de fontes de energia emissoras de carbono.
A mitigação de chamas, no entanto, funciona contra esse argumento porque usar excesso de gás para minerar Bitcoin é mais limpo do que queimá-lo e colocar mais carbono no ar – embora os ambientalistas possam argumentar que isso está apenas alimentando a demanda por mais Bitcoin.
*Traduzido com autorização do Decrypt.
