Imagem da matéria: Duas teses diferentes sugerem queda do Bitcoin para a faixa dos US$ 70 mil
Foto: Shutterstock

O Bitcoin pode recuar até a faixa dos US$ 70 mil, caso um cenário mais pessimista se desenrole. A previsão está sendo feita por duas análises diferentes, com teses distintas sobre como a maior criptomoeda do mercado pode se desvalorizar até esse piso, ambas feitas por meio da análise de gráficos e padrões.  

Uma delas é a tese do “topo duplo”, que aponta para a formação de um padrão gráfico conhecido como “double top”, conforme aponta reportagem do CoinDesk. Esse padrão indica uma possível reversão de alta para baixa, caracterizada por dois topos consecutivos em níveis de preço semelhantes — neste caso, na região de US$ 100 mil —, separados por uma queda intermediária, cuja linha de suporte, ou “pescoço”, está em US$ 91,3 mil. 

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Caso o preço do Bitcoin rompa essa linha e feche abaixo dela, os analistas projetam uma desvalorização para cerca de US$ 75 mil. Essa previsão é calculada subtraindo a diferença entre o preço dos topos e a linha do pescoço, sinalizando uma perda de força na tendência de alta e a possibilidade de uma pressão vendedora mais intensa.

Análise gráfica do CoinDesk mostra padrão do “pescoço duplo” (Imagem: Reprodução)

Linha de Fibonacci e banda de Bollinger

Já o analista Beto Fernandes, da corretora Foxbit, aponta que a queda do Bitcoin está ligada ao fato de a criptomoeda ter falhado em romper a máxima histórica de US$ 109 mil. “Com a oportunidade de realizar lucros, a pressão se voltou para uma queda de preços.”

Segundo o especialista, o movimento levou a um teste importante de uma das linhas de Fibonacci (gráfico abaixo), ao mesmo tempo em que quebrou para baixo a média móvel de 20 dias. “Caso o mercado consiga se sustentar na região atual, podemos ver a formação de um longo pavio no dia de hoje, e uma retomada dos US$ 100 mil”, afirma.

Porém, Fernandes ressalta que caso esse patamar de US$ 100 mil não seja retomado, o mercado vai buscar a liquidez no fundo do último canal lateral, onde há diversos pavios de preços e a linha inferior da banda de Bollinger. Essa convergência confirma que a região é uma forte zona de suporte.

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“Fato é que toda a luta no topo histórico criou um amplo canal lateral, com subidas e descidas agressivas, formando o que a gente chama de ‘Bart’. O desenho mostra uma forte subida e uma lateralização volátil, tendendo a recuar no final da ponta. O desenho leva este nome, pois lembra o formato da cabeça do personagem Bart Simpson.”

Fernandes conclui apontando que se o volume de compras se intensificar, o preço pode chegar ao patamar de US$ 105 mil. “Caso contrário, a queda pode buscar liquidez em US$ 90 mil, US$ 84 mil e US$ 78 mil. Esta é uma região em que vimos uma forte alta, com candles bem altos”, finaliza.

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