Dívida
Shutterstock

De acordo com registros judicial, a gestora cripto Three Arrows Capital (3AC), em processo de recuperação judicial, deve US$ 3,5 bilhões à 27 empresas diferentes, incluindo nomes como Blockchain.com, Voyager Digital e a empresa de empréstimos de criptomoedas Genesis Global Trading.

As informações são derivadas de declarações que descrevem detalhadamente a insolvência e a liquidação do fundo de hedge de criptomoedas. A empresa contratada para supervisionar a liquidação da 3AC, a Teneo, as tornou públicas na segunda-feira (19), após arquivá-las no dia 7 de julho.

Publicidade

De acordo com os documentos judiciais, a 3AC não pagou empréstimos e perdeu repetidamente chamadas de margem com credores, o que fez com que suas contas de investimento caíssem abaixo dos níveis necessários e não fossem recarregadas.

A Genesis, uma empresa do Digital Currency Group, emprestou à 3AC a maior parte do total de US$ 3,5 bilhões. De acordo com os registros do tribunal, a Genesis emprestou US$ 2,36 bilhões à companhia insolvente em um empréstimo garantido e que tinha como exigência de margem de 80%.

Os arquivos judiciais, que somam mais de mil páginas, argumentam repetidamente que “a 3AC está insolvente e deve ser liquidada”.

3AC atuava como um esquema Ponzi?

O diretor de estratégia da Blockchain.com, Charles McGarraugh, também declarou em um depoimento arquivado em 26 de junho que o cofundador da 3AC, Kyle Davies, o informou que tentou emprestar mais 5.000 Bitcoins da Genesis, que na época tinha um valor de cerca de US$ 125 milhões, “para pagar uma chamada de margem a outro credor”. Tal conduta é típica de um esquema Ponzi, ou pirâmide, onde o dinheiro de investidores mais novos é usado para pagar investidores anteriores.

Publicidade

Além disso, os registros detalham os vários investimentos imobiliários realizados sob os nomes do filho e da esposa do cofundador da 3AC, Su Zhu, como duas residências em Cingapura no valor de US$ 48,8 milhões e US$ 28,5 milhões.

“Neste estágio, não está claro como os ativos da empresa foram tratados por seus fundadores e se os ativos da empresa foram usados ​​para as compras pessoais”, disse em uma declaração do liquidante Russell Crumpler, diretor administrativo sênior da Teneo.

Crumpler também argumentou que “os fundadores da empresa claramente insolvente não deveriam ter permissão para lidar com o que podem ser ativos da empresa”.

Os problemas da 3AC começaram a piorar quando o infame projeto Terra do empresário Do Kwon entrou em colapso, o que desde então causou uma reação em cadeia de liquidações, falências e problemas financeiros em toda a indústria de criptomoedas. De acordo com os documentos de liquidação, a 3AC perdeu cerca de US$ 200 milhões quando a UST se desestabilizou de seu preço de US$ 1 e fez com que o LUNA caísse em valor, em maio.

Publicidade

*Traduzido por João Pedro Lobo com autorização do Decrypt.co.

Procurando uma corretora segura que não congele seus saques? No Mercado Bitcoin, você tem segurança e controle sobre seus ativos. Faça como nossos 3,8 milhões de clientes e abra já sua conta!

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Paul Tudor Jones investe US$ 230 milhões em ETF de Bitcoin da BlackRock

Paul Tudor Jones investe US$ 230 milhões em ETF de Bitcoin da BlackRock

O gestor de fundos de hedge Paul Tudor Jones é um grande entusiasta do Bitcoin — e sua empresa comprou milhões de ações do ETF da BlackRock
bitcoin

Manhã Cripto: Bitcoin atinge US$ 90 mil em corretoras, mas logo recua para US$ 87 mil

O Bitcoin foi brevemente negociado a US$ 90.100 na Coinbase noite passada, antes de voltar a cair para o patamar atual
Imagem da matéria: Bitcoin pode buscar os US$ 92 mil em breve, aponta análise técnica

Bitcoin pode buscar os US$ 92 mil em breve, aponta análise técnica

Apesar do otimismo, analista aponta que o Bitcoin está em território de sobrecompra no gráfico diário, o que aumenta o potencial de correção
martelo de juiz com logo da binance no fundo

Binance recupera R$ 430 milhões em disputa de dois anos com Capitual

O dinheiro foi resgatado em etapas após o STJ rejeitar um recurso da fintech no final de junho