Imagem da matéria: Deputado argentino questiona instalação de mineradora de Bitcoin no país
Deputado Martín Berhongaray (Foto: Divulgação\Instagram)

O anúncio da Bitfarm, empresa canadense de mineração de bitcoin, de criar uma fazenda de mineração na Argentina, já levanta debates no país sul-americano.

O deputado Martín Berhongaray apresentou uma resolução ao Ministério da Ciência e Tecnologia para que o governo informe detalhes sobre o consumo de energia elétrica da fazenda que irá ser construída.

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Conforme aponta reportagem do portal argentino iProUp, a Bitfarm anunciou recentemente que irá construir na Argentina uma fazenda de mineração com capacidade de 210 megawatts, que seriam suficientes para 55 mil mineradores trabalharem, com um resultado de 11.774 BTCs, o que seriam US$ 650 milhões considerando a unidade da moeda em US$ 55 mil (cálculo conservador dado o momento atual do mercado).

Em sua resolução, o deputado diz querer saber se a Argentina tem a capacidade de fornecer a energia elétrica que será necessária para o empreendimento.

Além disso, o legislador pergunta se a energia utilizada terá subsídio estatal e, se a resposta for afirmativa, quais os argumentos que justificam a autorização.

Economia com refrigeração na mineração

A empresa afirma que sua energia virá de um fornecedor privado e que irá custar US$ 0.022 por kilowatt nos primeiros quatro anos – serão ao todo oito anos de contrato.

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O deputado afirma que no quatro trimestre de 2020, a produção de um bitcoin em Quebec (Canadá) custava US$ 7.500, enquanto que com a tarifa anunciada na Argentina sairia por US$ 4.125.

“O empreendimento se aproveitaria do frio do sul do nosso país, que os permite economizar com refrigeração, um ponto importante do consumo”, diz Martín.

Preparando para o halving

A Bitfarm não revela qual a localização exata da fazenda na Argentina, mas afirma que a iniciativa é um meio de “proporcionar diversificação geográfica para gerar redução de riscos” e que essa expansão “fornece a escalabilidade e eficiência que buscamos”.

O objetivo da empresa é ter uma operação viável para quando o próximo halving chegar: em 2024 o prêmio pela mineração de bitcoin cairá pela metade, indo dos atuais 6,25 para 3,125.

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