Com a presença dos principais executivos do mercado brasileiro de criptomoedas, o primeiro painel do Criptorama nesta terça-feira (8) falou sobre como o setor pode usara tecnologia blockchain para melhorar aplicações práticas do dólar e de crédito pelas empresas e consumidores. O evento ocorre na cidade de São Paulo entre terça e quarta-feira (9).
“Temos explorado outras oportunidades fora do país, com uma unidade autorizada pelo Banco Central de Portugal na qual estamos levando o processo de tokenização. Isso pode ser realmente disruptivo na medida em que a gente vai acessar por meio de tokenização um dinheiro mais barato”, afirma Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin.
O executivo ressalta que o empresário brasileiro poderá acessar sem grandes burocracia o crédito de um país com taxas de juro muito menores que as do Brasil.
“Hoje o empreendedor brasileiro quando vai tomar uma dívida ele toma uma dívida muito cara. A nossa economia terá uma maneira de captar dinheiro de uma forma mais simples e barata”, diz.
Rabelo aponta que a febre dos ICOs (Initial Coin Offer) em 2017 teve dois lados: por um ângulo, eram 99,99% fraudes; por outro, validou a tese da captação global de recursos.
“Se a gente conseguir consertar a fraude na origem a gente consegue aproveitar o efeito, que é a captação global de recursos de uma maneira simples, barata e interoperável”, aponta.
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Dolarização da economia
Na sequência o CEO da Bitso, Thales Freitas, afirmou que é prudente para todos na América Latina terem até 30% de suas economias dolarizadas por conta das inseguranças crônicas das economias da região.
Além disso, ressaltou também como a criptoeconomia pode ter um uso bem prático no Brasil na área de câmbio, espelhando-se em um caso já existente: “O blockchain é infinitamente melhor que o SWIFT. No México, como não temos travas regulatórias, a Bitso opera bilhões de dólares ao ano. É o fluxo dos Estados Unidos para o México de remessas”.
O CEO da Bitso disse esperar que o Banco Central passe a autorizar o registro de câmbio em blockchain, como é feito no México.
Por fim, Henrique Teixeira, diretor da Ripio, relembrou um episódio que mostra como cripto tem sido visto há tempos como um meio de facilitar operações de câmbio no Brasil.
“Eu lembro em 2018, eu trabalhava na Ripple, e tivemos uma reunião no Mercado Bitcoin, porque já tinha uma grande empresa exportadora no Brasil, se não me engano era 180 milhões de euros. E ela já analisava cripto como uma forma de receber essas exportações”.
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