A Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos EUA, anunciou na terça-feira (12) que vai lançar um mercado de NFTs. Segundo nota da empresa, os interessados em participar da nova plataforma já podem se inscrever para sua lista de espera.
“Nossa missão é aumentar a liberdade econômica no mundo. Ao permitir que mais pessoas ingressem na economia oriunda da criação e lucrem com seu trabalho, os NFTs têm um papel importante a desempenhar nessa missão”, diz a nota da empresa, que prometeu tornar a emissão de NFTs “tão simples como apertar alguns botões”.
Segundo a Coinbase, no lançamento inicial, ainda sem uma data estipulada, a plataforma vai oferecer suporte aos padrões ERC-721 e ERC-1155 baseados na rede Ethereum, com futuro suporte a outras redes, dando liberdade aos seus criadores. “Nunca os prenderemos”, ressalta a nota.
A empresa é a terceira das gigantes no setor a aderir ao movimento NFT. Binance e FTX.US já estão com suas plataformas ativas. No Brasil, o destaque fica para a Tropix, criada por dois brasileiros.
Tanto a Binance quanto a unidade da FTX dos EUA já lançaram duas redes de NFTs. A Binance, considerada a maior corretora de cripto do mundo em volume de negociações, lançou seu marketplace NFT em junho deste ano; A FTX, nesta segunda-feira (11), no blockchain da Solana (SOL), conforme anúncio no Twitter.
Plataforma brasileira de NFTs
O Brasil também entrou no jogo com a plataforma gobal de NFT Tropix, criada pelo herdeiro da Multiplan, Daniel Peres Chor, e pelo cientista da computação, Bernardo Schucman.
A empreitada Chor e Schucman tem como um dos investidores a 2TM, operadora da corretora Mercado Bitcoin, que liderou, na semana passada, a primeira rodada de investimentos, conforme anúncio da própria corretora. A Tropix arrecadou US$ 2 milhões (cerca de R$ 11 milhões).
Dentre os investidores institucionais do marketplace estão a Mago Capital e a Norte Capital, além dos investidores individuais Celso Colombo, da Carpa Patrimonial, Pedro Tourinho, fundador da Map Brasil, Marcelo Sampaio, da Hashdex, Cesar Villares, da Go4it Capital, e Guilherme Weege, do grupo Malwee.
Mercado de NFTs
O mercado de NFTs se tornou mais popular no início deste ano, quando o artista digital americano, Mike Winkelmann, conhecido por Beeple, fez a venda mais cara de um NFT até agora. Por meio da casa de leilões Christie’s, o artista arrecadou US$ 69,3 milhões com uma coleção chamada ‘EVERYDAYS: THE FIRST 5000 DAYS’.
NFT é a sigla em inglês para ‘Non-fungible Tokens’ — ‘tokens não fungíveis’, em português. Eles são uma forma de registrar uma criação usando a tecnologia blockchain. Isso vale tanto para um obra criada digitalmente quanto para a versão digital de uma obra física.